A Semana Mundial da Imunização, que
vai do dia 24 ao 30 de abril, é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde
(OMS) que serve de lembrete para a turma que ignora o papel das vacinas na vida adulta. “O Brasil vai
muito bem em estrutura vacinal quando se fala nas crianças, mas em adultos é
diferente. Existe uma lacuna grande entre o que é oferecido e o que é feito de
fato”, analisa a infectologista Rosana Richtmann, do Hospital e Maternidade
Santa Joana, em São Paulo.
“É importante que o adulto entenda
que a vacinação não protege apenas a si mesmo. A coqueluche, por exemplo, mata
principalmente bebês de até três meses, mas quem transmite são as pessoas mais
velhas”, esclarece a médica Isabella Ballalai, presidente da Sociedade
Brasileira de Imunização (SBin).
Rosana destaca a importância da vacina contra a hepatite B, que deve ser
tomada em três doses no esquema 0 – 1 – 6 meses, como aponta o calendário de vacinação da SBin. “Ela está
disponível para toda a população gratuitamente na rede pública, e, além de
proteger contra a hepatite B, resguarda o fígado contra o câncer”, explica a
especialista.
A prevenção contra o tétano e a
difteria, fornecida pela vacina dT, também está à disposição dos adultos nos postos
de saúde. “A imunização, nesse caso, deve ser renovada de dez em dez anos,
sendo que geralmente as pessoas tomam a última dose aos 5 anos de idade”,
comenta Rosana. Para as gestantes é recomendada a dTpa, que inclui também a
coqueluche.
No início de 2017, o Ministério da
Saúde anunciou algumas mudanças no calendário de vacinação. Uma delas se refere
à tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Antes, os
adultos recebiam a segunda dose até os 19 anos de idade ou, se não haviam tomado
na infância, a primeira dos 20 aos 49 anos. Agora, a segunda dose pode ser dada
até os 29 anos e a primeira dos 30 aos 49. A medida leva em consideração surtos
de caxumba que ocorreram no Brasil nos últimos anos.
Outro ponto é que existem grupos de
adultos com necessidades especiais em termos de imunização. Pessoas com asma, por exemplo,
devem se vacinar contra a pneumonia. Da mesma forma, diabéticos, imunodeficientes, pessoas em
tratamento contra o câncer, que removeram ou baço ou com outras disfunções são
candidatas a imunizantes específicos, pois o calendário pode variar.
Os portadores de doenças crônicas não
transmissíveis (problemas cardíacos, diabetes…) estão inclusos no público-alvo
da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, que vai até o dia 26 de
maio. Outros grupos que podem se vacinar gratuitamente contra a gripe são:
- Profissionais de saúde
- Povos indígenas
- Gestantes
- Mulheres até 45 dias após o parto
- Pessoas privadas de liberdade e funcionários
do sistema prisional
- Professores da rede pública e privada.
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