FONTE: Gabrielle Galvão, TRIBUNA DA BAHIA.
O tabagismo é responsável por 90% dos casos
registrados.
O
câncer do pulmão está matando cada vez mais. Dados da Secretaria Estadual de
Saúde registraram 287 óbitos em 2016 e 40 este ano, por neoplasia maligna dos
brônquios e dos pulmões, na Bahia. No Brasil, as estimativas do Instituto
Nacional de Câncer (INCA) mostram que, ainda neste ano, 10.890 mulheres e 17.330
homens terão o tumor.
Segundo
informações da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), o tabagismo é o
responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão. Os fumantes apresentam 30%
mais chances de desenvolver, ao menos, 14 tipos diferentes de tumor maligno.
“Os componentes nocivos do cigarro se tornam fator de risco para o câncer em
diversos órgãos”, explicou o cancerologista cirúrgico e membro da SBC, Vinícius
Basso Preti.
Ele
esclarece que o tempo de exposição às substâncias e à fumaça do cigarro são gatilhos
importantes que levam à doença. “Quanto mais cedo se inicia o hábito de fumar e
quanto mais cigarros fumados por dia, maior é a predisposição”, enfatizou,
afirmando que, o combate ao tabagismo é a forma mais eficaz de prevenção do
câncer do pulmão.
O
cancerologista disse que, entre os fumantes, as chances de ter a doença é de 20
a 60 vezes maior, se comparado aos não fumantes. Ele observou ainda que o
câncer de pulmão não costuma apresentar sintomas, por isso a maioria dos
pacientes só recebe o diagnóstico positivo para o câncer quando a doença está
em estágio avançado. “Nessa fase, a chance de cura é menor, com apenas 10% a
15% dos pacientes vivos em cinco anos”, explicou, destacando a importância do
diagnóstico precoce. “Dependendo do subtipo do tumor, os sintomas podem variar
entre tosse seca com presença de sangue, falta de ar, dor torácica e
pneumonia”, observou.
O
especialista destacou ainda que um estudo envolvendo mais de 50 mil pacientes,
publicado na revista New England Journal of Medicine, constatou que a
tomografia computadorizada (TC), com baixa dose de radiação, pode auxiliar na
detecção de tumores em fases iniciais. “O estudo mostrou redução de 20% na
mortalidade em pacientes fumantes ou ex-fumantes, submetidos à TC”, comenta o
da SBC.
Segundo
Vinícius Basso Preti, dieta pobre em frutas e verduras, excesso de peso,
sedentarismo, consumo exagerado de álcool, açúcar e alimentos processados são
fatores de risco. “É importante se ter uma alimentação saudável, praticar
exercícios físicos e acima de tudo, não fumar”, afirmou.
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