FONTE: Da Redação, TRIBUNA DA BAHIA.
Explosão de hormônios agravam doenças oculares e
sistêmicas na mãe,problemas de saúde contraídos na gestação afetam a visão do
bebe; saiba como evitar.
Vida de
mãe não é fácil. Se você usa óculos, lente de contato ou tem alguma doença
ocular vai experimentar uma piora visual durante a gravidez.
Segundo
o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier em
Campinas ,toda gestante deve dar maior atenção à saúde ocular. Isso porque, as
mudanças metabólicas, da circulação e nível hormonal provocam desde alterações
temporárias na visão que desaparecem após a gestação até a piora de doenças
oculares e sistêmicas preexistentes e...
Síndrome do olho seco.
Uma das
alterações temporárias é a síndrome do olho seco, uma variação na quantidade ou
qualidade da lágrima causada pelas mudanças hormonais.
Os
sintomas são: ardência, coceira, queimação, olhos vermelhos e
irritados, visão borrada que melhora com o piscar, lacrimejamento excessivo,
sensibilidade à luz, desconforto após ver televisão, ler ou trabalhar ao
computador. A síndrome pode ser tratada com colírio lubrificante,
lágrima artificial.
Existem
muitos tipos de lágrima artificial e nem todas são adequadas para gestantes Por
isso, é recomendável consultar um oftalmologista antes de instilar qualquer
colírio nos olhos.
Para
reduzir o desconforto, principalmente em mulheres que usam lente de contato,
são indicadas cápsulas de semente de linhaça que diminuem a evaporação da
lágrima, reforçando a camada oleosa.
Mudança de grau.
Queiroz
Neto afirma que a maior circulação de hormônios provoca um inchaço
generalizado, inclusive na córnea, lente externa do olho que em conjunto com o
cristalino focaliza as imagens na retina. Este inchaço, altera a
curvatura da córnea e o grau dos óculos que pode voltar ao que era após o
parto.
Manchas escuras.
Dados
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que no Brasil
14% das gestantes têm mais de 40 anos, 18% entre 15 e 19 anos.
De
acordo com o oftamologista,estes dois grupos correm maior risco de contrair um
fator de risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia. A doença acontece
depois da 20ª semana de gravidez, quando além da hipertensão a
mulher elimina proteína pela urina e tem inchaço generalizado.
Representa
a maior causa de morte da gestante e do feto.
A boa
notícia é que a dopplerfluxometria pode antecipar o diagnóstico.
O exame é uma espécie de ultrassom e faz o diagnóstico precoce da
hipertensão gestacional e da pré-eclâmpsia. Os sintomas são manchas e pontos
escuros na visão .
Piora de doenças oculares.
Mulheres
que têm ceratocone, doença que afina e deforma a córnea, podem experimentar
piora da doença na gestação por conta da retenção de água pelo organismo.
Para
evitar que a doença evolua para transplante de córnea,é necessario a aplicação
de crosslink. A terapia interrompe a evolução do ceratocone, associando
radiação UV e vitamina B2 para fortalecer as ligações das fibras de colágeno da
córnea em até três vezes.
Entre
gestantes com mais de 40 anos,, o glaucoma também
se agrave na gestação por casa da dificuldade de circulação do humor
aquoso decorrente do edema nos tecidos oculares.
Visão do bebê.
Queiroz
Neto explica que o bebê pode perder a visão por catarata
congênita, tumor ocular ou inflamação na retina quando a mãe
contrai sífilis durante a gestação e a transmite através da placenta para a
criança.
Outra
doença sexualmente transmissível que pode levar o bebê à perda parcial da visão
é o herpes genital transmitido na hora do parto pelo rompimento de alguma
ferida da mãe. O consenso médico é de que o uso de preservativo nas
relações pode quebrar a epidemia de sífilis e outras doenças sexuais. Gestantes
devem redobrar a proteção.
Para
preservar a visão do bebê, as mulheres devem verificar se tomaram as duas
vacinas contra rubéola antes de engravidar. Durante a gestação chama a atenção
para o consumo de verduras e frutas mal lavadas que podem transmitir
toxoplasmose para ao feto. A prevenção dessas doenças eliminam o risco de
doenças oculares congênitas, maior causa de cegueira infantil.
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