FONTE: Gabriela Guimarães e Marina Oliveira, Colaboração para o UOL (http://estilo.uol.com.br).
Acordar exausto todos os dias e passar boa parte do
tempo indisposto e sem energia não é normal. Alguns maus hábitos e alterações
fisiológicas podem explicar esse quadro. Conheça, a seguir, os mais comuns:
Dormir mal.
Acordar várias vezes durante a noite prejudica o
descanso, porque fica difícil atingir o sono profundo, que é quando os músculos
relaxam de fato e o metabolismo diminui de ritmo, contribuindo para a
restauração física. Se isso for um problema frequente, é preciso procurar um
especialista em sono. “A melatonina é um indutor de sono que pode ajudar a
pessoa a ter noites mais tranquilas”, diz o médico fisiologista Turíbio Leite
de Barros, idealizador do Centro de Medicina Esportiva da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo).
Não beber água.
Sem perceber, nos desidratamos durante o dia. E o
cansaço é um dos sintomas mais comuns da escassez de água no organismo. “A
desidratação diminui o volume sanguíneo, fazendo com que o coração trabalhe
mais para oferecer à pele e aos músculos quantidades de oxigênio suficientes.
Com isso, o corpo aquece e a pessoa se sente desanimada”, diz a nutricionista
Fabiana Brito, especialista em nutrição funcional. Para manter-se hidratado, é
preciso tomar 35 ml de água por quilo durante o dia. Um indivíduo com 60 kg,
por exemplo, deve ingerir 2,1 litros de água diariamente.
Não fazer atividade física.
Quanto menos nos movimentamos, menos queremos nos
movimentar. “A diminuição da atividade física regride a capacidade funcional do
indivíduo. Assim, qualquer pequeno esforço começa a tornar-se desconfortável”,
diz Barros. E, ao notar uma sensação incômoda, a tendência é evitar o
exercício. “É o que chamamos de círculo vicioso do sedentarismo”, aponta o
médico. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os benefícios da
atividade física, em qualquer fase da vida, são bem maiores do que qualquer
problema que ela possa provocar. Pessoas com idade entre 18 e 64 anos devem
fazer o possível para praticar 150 minutos semanais de atividade moderada -- em
que você sente que faz esforço.
Exercitar-se em excesso.
Nenhum extremo é bom. Quando o corpo não tem tempo
para se recuperar entre um exercício e outro, ele pode entrar em estado de
fadiga crônica. “O problema, na maioria das vezes, não é quando a pessoa faz
muito exercício em um dia, mas o acúmulo de esforço frequente, sem tempo de
descanso”, diz o médico fisiologista. Por isso, é preciso prestar atenção ao
corpo. Se você já acorda cansado da malhação do dia anterior, só há duas
alternativas: repousar ou fazer um exercício muito mais leve do que o de
costume.
Ingerir poucas vitaminas e
minerais.
O ferro participa do transporte de oxigênio para a
produção energia. Quando há deficiência desse mineral, o transporte de oxigênio
diminui, o que afeta o desempenho físico e mental. É quando pequenos esforços
se tornam extremamente cansativos. “A maior causa nutricional do cansaço
persistente é a baixa ingestão de vitaminas e minerais, como ferro, fósforo,
ácido fólico, potássio, vitamina B1, vitamina A, vitamina B12, vitamina C e
zinco”, diz a nutricionista. Exames de sangue semestrais ajudam a acompanhar
esses índices. Caso a deficiência seja detectada, uma alternativa é fazer a
suplementação, sempre sob supervisão de um médico ou nutricionista.
Ficar estressado.
Quando ficamos constantemente tensos, retesamos os
músculos do corpo, o que dá a sensação de que estamos mais pesados. O
resultado: é preciso fazer mais esforço para realizar as atividades rotineiras.
“O cansaço causado pelo estresse faz com que a pessoa se arraste. E não
prejudica só o corpo, mas também a concentração. Ela passa a produzir muito
menos”, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR (o braço
nacional da International Stress Management Association). Para lidar com o
problema, convém buscar atividades relaxantes, um hobby ou, em casos mais
críticos, procurar ajuda profissional.
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