FONTE: Da Redação, TRIBUNA DA BAHIA.
Seu diagnóstico consiste no paciente apresentar
níveis de pressão arterial superiores a 140x90 mm hg.
Um dos
grandes e mais comuns problemas de saúde no mundo todo é a Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS), popularmente conhecida como pressão alta.
Seu
diagnóstico consiste no paciente apresentar níveis de pressão arterial
superiores a 140x90 mm hg, acima dos 120x80 mm hg, considerados padrão.
De
acordo com o clínico geral do Hospital e Maternidade São Cristóvão em São
Paulo, Vagner Sanches Nakayama, os portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica
têm um significativo aumento de risco quanto a eventos cardiovasculares a curto
ou longo prazo, devendo o quanto antes iniciar tratamento.
“Uma
grande preocupação com relação ao diagnóstico da pressão alta é sua traiçoeira
natureza assintomática em grande parte da população hipertensa. Então, demora
para ser diagnosticada e tratada. Normalmente, só é descoberta quando há uma
primeira complicação cardiovascular, normalmente um Acidente Vascular Cerebral
(geralmente um AVC isquêmico, gerando uma espécie de obstrução ao fluxo
arterial, impedindo a passagem de oxigênio e nutrientes para as células
cerebrais)”, explica o especialista.
No
entanto, nos pacientes sintomáticos, alguns indícios podem ser observados como
suspeita de pressão alta, são eles: cefaleia, tonturas, fadiga, alterações
visuais, palpitações, sudorese, perda ou ganho de peso, entre outros sintomas.
Segundo
Vagner, cerca de 95% dos casos têm causa desconhecida e são chamados de
Hipertensão Primária ou Hipertensão Essencial. Os outros 5% com causa conhecida
são chamados de Hipertensão Secundária.
“Acredita-se
que a Hipertensão Primária seja uma consequência de fatores genéticos
associados a diversos fatores ambientais, como ingestão excessiva de sal na
dieta, obesidade, estresse, entre outros. Já na Hipertensão Secundária, é
mais comum que a causa seja por doenças renais, uso de anticoncepcional oral,
doenças das glândulas adrenais, doenças cardíacas, doenças da tireoide, doenças
hematológicas, uso de drogas ou determinadas medicações”, esclarece.
No
Brasil, estudos de prevalência estimam que a pressão alta acometa
aproximadamente 35% da população adulta, chegando a cerca de 75% naqueles acima
de 75 anos.
As
consequências da pressão alta não controlada ocorrem no corpo todo, como: lesão
vascular nos vasos sanguíneos (que dificulta a passagem do sangue e afeta a
irrigação de todos os órgãos e tecidos) e no coração (insuficiência cardíaca,
infarto, morte súbita); doença cerebrovascular (afeta os vasos cerebrais, sendo
a maior causa de óbito no Brasil); nefropatia (alteração da função renal);
retinopatia (lesão das pequenas artérias e arteríolas da retina, gerando o
comprometimento da visão); além de outras lesões, como risco de surgimento de
aneurisma da aorta (dilatação) e trombose arterial nos membros inferiores
(coágulo sanguíneo).
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