FONTE: Deutschewelle (http://tecnologia.uol.com.br).
Um tribunal italiano reconheceu pela
primeira vez a relação entre o uso excessivo do celular e o câncer cerebral ao
dar um veredicto a favor de um ex-executivo que alega ter desenvolvido tumores
no nervo auditivo devido ao uso do aparelho e pedia uma indenização do Estado.É
a primeira sentença do tipo já emitida no mundo.
Segundo a defesa, Roberto Romeo, de
57 anos, usava o celular de três a quatro horas por dia no trabalho durante 15
anos. Em 2010, ele foi diagnosticado com o tumor no canal auditivo interno.
Devido à doença, que levou à retirada de um nervo, ele perdeu 23% da audição.
"Não tinha alternativa e
precisava telefonar o tempo todo", afirmou nesta quinta-feira (20/04)
Romeo, que entrou com uma ação pedindo uma indenização pela perda da audição.
O tribunal de Ivrea, no norte da
Itália, concluiu que o neurinoma do acústico foi causado pelo uso do celular e,
desta maneira, julgou procedente a ação e condenou a agência nacional italiana
de seguro a pagar 500 euros por mês de indenização ao ex-executivo.
Pesquisadores discordam sobre o uso
do celular ser cancerígeno. O Instituto Nacional Americano afirma que um número
limitado de estudos associou o aparelho à doença, mas a maioria das pesquisas
não confirmou essa ligação.
Em 2011, a Agência de Pesquisa Internacional
sobre Câncer classificou o celular com possivelmente cancerígeno, mas destacou
mais estudos necessitam ser feitos para comprovar realmente esse perigo.
Especialistas afirmam que ainda é
muito cedo para saber os efeitos desta tecnologia em humanos.
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