FONTE: Da Redação (http://leiamais.ba).
O novo sistema servirá
de apoio para evitar o desperdício e desabastecimento de produtos.
Um novo sistema criado pelo
Ministério da Saúde vai integrar as informações de distribuição,
estoques e acesso aos medicamentos do SUS em todo o país. A Base Nacional de
Dados da Assistência Farmacêutica permitirá o melhor planejamento da compra, do
controle da data de validade e a realização de remanejamentos.
A experiência em quatro estados
mostrou que a iniciativa pode evitar desperdícios de até 30% dos fármacos
entregues. Se essa economia for replicada em todo o Brasil, a cada ano, mais R$
1,5 bilhão poderá ser revertido em mais medicamentos para a população.
A base nacional entra em
funcionamento a partir de 25 de outubro e os estados e municípios têm 90 dias
para enviar as informações. Até então, o Ministério da Saúde só
recebia 20% dos dados por meio do Sistema Hórus, utilizado por 15 estados para
gestão de medicamentos de alto custo.
As demais unidades da federação,
que representam 80% da demanda, repassavam por telefone ou planilhas. Agora,
será disponibilizado o Web Service, ferramenta que permite que todas as
secretarias de saúde do país que possuem sistemas próprios transmitam
as informações.
“Essa é uma ferramenta
fundamental para que a gente possa fazer economia e otimizar os recursos
da saúde. Hoje existe uma consciência entre todos os gestores para a
importância de alimentar o sistema para que possamos evitar o vencimento de
medicamentos nas prateleiras, evitar que os medicamentos sejam desperdiçados e
fazer o remanejamento dos medicamentos que eventualmente estejam sobrando em um
determinado estado ou município para um melhor aproveitamento. Já verificamos
em projeto-piloto que esse processo demostra um potencial de economia de
bilhões de reais e com esses recursos vamos comprar mais medicamentos e ampliar
acesso a população”, afirmou ministro Ricardo Barros.
Essa integração dos dados foi
pactuada no início desse ano na Comissão Integestores Tripartite, que reúne
representantes dos estados, municípios e do Ministério da Saúde. Pela
Portaria nº 938 de 2017, os gestores que não enviarem as informações para a
base nacional ou não apresentarem justificativa poderão ter os recursos da
assistência suspensos temporariamente.
Além do estoque, entrada, saída e
dispensação de medicamentos, também poderão ser monitoradas em tempo real
informações do paciente e das unidades de saúde. Todo o processo será
automatizado, ou seja, o sistema já calcula possíveis perdas, sugere
remanejamento de produtos ou mesmo indica o quantitativo que deve ser comprado
para atender à necessidade.
SEM DESPERDÍCIO.
O novo sistema servirá de apoio
para evitar o desperdício e desabastecimento de produtos. Foi o que mostrou o
projeto-piloto realizado em Tocantins, Alagoas, Rio Grande do Norte e Distrito
Federal.
Nessas localidades, no terceiro
trimestre desse ano, foi possível economizar R$ 20 milhões. Pelos dados,
verificou-se que, em média, 30% do quantitativo poderia ser remanejado para
outras regiões do Brasil, sem risco de perder o prazo de validade. Em todo o
país, significaria uma economia ao Ministério da Saúde de R$ 1,5
bilhão por ano.
A informatização
da saúde é uma das prioridades da atual gestão do Ministério para
qualificar o atendimento prestado ao cidadão e, ao mesmo tempo, melhorar as
informações de gestão, a programação das políticas públicas e o gerenciamento
dos recursos do setor.
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