FONTE: *** Gabriela Guimarães e Veridiana
Mercatelli, Colaboração para o
UOL, (http://estilo.uol.com.br).
A ansiedade não aparece apenas para nos fazer
sofrer por antecipação à toa. Ela faz parte do nosso sistema de defesa e
funciona como um sinal enviado pelo cérebro, avisando que podemos estar em
perigo, o que ajuda a encontrar soluções para situações comuns, como as
listadas abaixo:
Ao ter que tomar decisões.
Na dose certa, a ansiedade faz com que você preste
atenção na situação que está por vir, seja cuidadoso e planeje estratégias
eficazes para enfrentar o obstáculo, se esse for o caso. Ela permite avaliar e
antecipar os riscos e, dessa forma, nos prepara melhor para encarar a situação
e tomar uma decisão ponderada.
Evite: dar um veredito para o que pode acontecer se a
ansiedade estiver muito alta. O pensamento acelerado atrapalha o planejamento,
o que causa uma indecisão angustiante, por não conseguir escolher qual o melhor
caminho a tomar. Melhor responder quando estiver com a ansiedade mais baixa.
Ao ser avaliado.
A ansiedade, quando em excesso, pode bloquear o
acesso às informações da memória. Por isso, temos medo de um “branco” em
momentos de avaliação -- vestibular ou concurso público, por exemplo. Já em
doses bem moderadas, ajuda você a ficar mais atento. E você não corre o risco
de ser aquele que chegou depois que os portões fecharam -- a ansiedade faz você
estar no local bem antes.
Evite: alimentar-se de forma incorreta e estudar até o
último minuto. Esses fatores aumentam a ansiedade e atrapalham seu desempenho.
Faça uma checklist com antecedência: no dia anterior, deixe à mão lápis,
caneta, documentos para não se esquecer. Não durma tarde ou pouco. Descanse
bem.
Ao falar em público.
Por acelerar o pensamento, a ansiedade pode ajudar
você a dar respostas rápidas se necessário. E mais: faz prever as piores
situações e agir, como gravar a sua apresentação no notebook e em um pen drive,
para ter um recurso de reserva se precisar. Você também pode utilizar a
excitação para dar entonação à voz e fazer gestos, o que prende a atenção do
público e melhora a sua performance.
Evite: desconhecer seus limites. Preste atenção aos
sinais que indicam que a ansiedade está saindo do controle antes de entrar no
palco: respiração curta, tremor nas mãos e na voz, sudorese.
Como controlar.
Regular a respiração ajuda. Durante um episódio
mais agudo, a tendência é respirar de forma curta, como se estivesse ofegante.
Além de ineficaz por não oxigenar direito o cérebro, esse tipo de respiração
pode levar você a um estado de angústia física. Nesse ponto, entra em ação um
círculo vicioso: menos respiração, mais ansiedade, menos respiração ainda, mais
angústia física. A dica é fazer várias vezes o exercício respiratório: inspire
devagar, contando mentalmente até quatro. A seguir, expire lentamente, soltando
o ar, contando até chegar em oito. O importante é manter essa relação do dobro
de tempo entre inspiração e expiração.
*** FONTES: Artur Scarpato, psicólogo
clínico, especializado em tratamentos de Transtornos de Ansiedade. Claudete
Santilli Amancio, psicóloga clínica. Ivanir Maciel, psicóloga. Júlia Bárány,
psicanalista. Luiz Scocca, psiquiatra membro da Associação Brasileira de
Psiquiatria.
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