A
camisinha feminina é uma forma segura de proteção, mas ainda encontra muita
resistência entre as mulheres. Na maioria das vezes, isso ocorre por falta de
informação e de divulgação sobre o método. Com a distribuição do contraceptivo
pelo SUS – Sistema Único de Saúde, iniciada no início de junho, a previsão é de
que até o fim deste ano 20 milhões de unidades estejam disponíveis na rede
pública.
Mas
de nada adianta a popularização do preservativo se as mulheres continuarem sem
saber como usá-lo corretamente. "O maior risco é o da falsa proteção, ou
seja, ela pensar que está usando da maneira correta quando na verdade não
está", alerta a ginecologista Vera Fonseca, diretora administrativa da
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Ela explica o que é é mito e o que é verdade em relação ao uso da camisinha feminina:
A
colocação do preservativo é complicada.
Mito.
A colocação é parecida com a do absorvente interno e do diafragma. Deitada,
sentada ou com uma das pernas levantadas, a mulher dobra o anel e o introduz
até o fundo da vagina.
A
camisinha feminina previne as doenças sexualmente transmissíveis.
Verdade.
Além de proteger contra a hepatite B, a Sífilis e o HIV, oferece maior proteção
no caso do HPV e da herpes, pois abrange uma área maior de contato genital,
como os grandes lábios.
A
proteção contra a gravidez é de 100%.
Mito.
Como em todos os métodos contraceptivos, a taxa de eficácia não chega a 100%.
Apesar de pequena, a possibilidade de engravidar ainda existe.
A
perda de sensibilidade é menor do que com os preservativos masculinos.
Verdade.
Isso ocorre porque a camisinha feminina não fica tão aderente ao órgão genital.
A
camisinha não é reaproveitável.
Verdade.
Apesar de poder ser introduzida com até 8 horas de antecedência e retirada
apenas quando a mulher se levanta, ela deve ser utilizada em apenas uma relação
sexual.
O
uso do preservativo feminino não pode ser associado ao do masculino.
Verdade.
Neste caso, é preciso escolher um método, pois o atrito entre os dois pode
causar rompimento.
A
mulher não pode usar a camisinha sem recomendação médica.
Mito.
Qualquer pessoa pode comprar o preservativo nas farmácias e ler as instruções
da embalagem para se informar. Mas em caso de dúvidas, o médico deve ser
procurado.
A
camisinha feminina dá mais autonomia à mulher.
Verdade. Se antes ela se dizia refém da vontade do parceiro
que não quer usar camisinha, agora ela pode se impor e abrir um diálogo sobre o
assunto. Porém, o ideal é haver um consenso entre o casal.
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