FONTE:, (https://www.msn.com).
O
surgimento dos primeiros dentinhos pode ser sinônimo de preocupação para os
pais. Nessa etapa, o bebê enfrenta uma série de desconfortos para se alimentar
e sofre com a sensibilidade na cavidade oral. Porém, os cuidados com a saúde
bucal não são dispensados quando a dentição de leite termina de se formar, já
que por volta dos seis anos, os dentes começam a amolecer e cair. Durante todo
esse processo, a orientação do odontopediatra é importante tanto para a higiene
da boca quanto para a retirada do primeiro dente decíduo, o de leite.
Embora
não seja possível perceber, os dentes permanentes ficam na mandíbula e maxila –
abaixo do dente de leite – esperando o momento certo para crescerem. Para que
eles possam se desenvolver, a raiz do dente de leite começa a ser reabsorvida
até desaparecer. Isso faz com que o decíduo fique frouxo, pois não há mais uma
sustentação no osso, somente na gengiva, que é um tecido mole.
Saber
quando o dentinho já não tem mais raiz é o fator mais importante para retirá-lo
sem deixar traumas. “Durante a infância, a boca é o órgão do prazer. Quando
você invade esse espaço fazendo algo traumático, essa criança vai ser um mau
paciente no dentista, vai sempre se sentir invadida e com medo”, ressalta a
especialista em saúde coletiva em odontologia, Eliane Isfer Bittencourt (CROPR
1991).
Não
existe uma fórmula única e infalível para arrancar o dente de leite, pois cada
criança reage de uma forma. Enquanto algumas preferem que os pais usem uma gaze
para retirá-lo, outras ficam assustadas, já que a bandagem pode remeter ao
sangue ou aos ferimentos. Porém, alguns cuidados são indispensáveis. Estar com
as mãos bem higienizadas é o primeiro passo, pois previne infecções. Em
seguida, é preciso garantir que ele está preso somente à gengiva e ficar atento
à forma de puxar o dente. Conforme Eliane, o ideal é sempre puxá-lo em direção
aos lábios, de forma que ele siga a curva de erupção, se desprenda facilmente
do tecido mole e não corra riscos de ser fraturado.
Caso
o dente seja puxado em direção à língua, pode acabar quebrando e deixando algum
pedacinho preso na gengiva. Dependendo do grau da lesão, pode ser necessária
uma pequena cirurgia para retirar o restante do dente. Para evitar problemas
como esse, esqueça as técnicas antigas e radicais para arrancar o decíduo. Nada
de amarrar uma ponta de um fio no dente e a outra na maçaneta da porta, por
exemplo.
Dicas.
Assim
que o dentinho começar a amolecer o ideal é que os pais comecem a incentivar a
criança a tirá-lo. Recomenda-se que, diariamente, ela massageie a área da
gengiva próxima ao dente mole. Isso fará com que ele se desprenda com mais
facilidade, além de mostrar aos pequenos que eles são responsáveis por cuidar
da cavidade oral.
Utilizar
pomadas anestésicas específicas para a boca pode ajudar a tranquilizar a
criança, além de deixar a gengiva amortecida e dormente. Antes de retirar o
dente, o ideal é passá-la na região e massagear por alguns minutos.
Movimentar,
lenta e cuidadosamente, o dente de um lado para o outro ou para frente e para
trás pode ajudá-lo a se desprender da raiz. Mas é preciso tomar muito cuidado
para que ele não quebre. Lembre-se de sempre puxá-lo de forma que siga a curva
de erupção.
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