Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), pessoas com a doença devem conferir a glicemia (nível de açúcar
no sangue) ao menos quatro vezes por dia, para evitar a hiperglicemia (excesso
de açúcar) ou a hipoglicemia (baixa taxa de açúcar).
O método mais conhecido para fazer a checagem é aquele por meio de uma
gota de sangue, que obriga o paciente a fazer um furinho no dedo. Mas já
existem aparelhos que dispensam a picada, e um estudo mostrou que eles
estimulam estimulam pessoas com diabetes a monitorar mais vezes a glicemia ao
longo do dia e, consequentemente, reduzir o tempo em hipoglicemia e
hiperglicemia.
As evidências foram apresentadas no American Diabetes Association's
78th Scientific Sessions, nos Estados Unidos. O levantamento foi feito com
250.000 pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, de diferentes idades, que usam o
aparelho Free Style Libre, da Abbott. Sua tecnologia permite medir o nível de
açúcar passando um leitor por cima de um pequeno sensor implantando no braço
--de maneira quase indolor, segundo a SBD.
Entre os brasileiros, a média de monitoramento com o aparelho é de 14
vezes ao dia, o que significa três vezes mais do que o mínimo recomendado pela
SBD. E, nos pacientes que verificam mais vezes o nível de açúcar ao longo do
dia, houve redução de 37% no tempo em hipoglicemia, em comparação com o
grupo que o fez com menos frequência. Também foi verificado uma diminuição
nos casos de hipoglicemia noturna.
A hipoglicemia gera problemas como suor em excesso, vertigens,
sonolência, tremores e fraqueza. Porém, em casos graves, pode provocar desmaio,
coma e até matar.
O sistema de monitoramento sem a picada no dedo pode ser usado por
adultos e crianças, e diferentes fabricantes oferecem o produto no Brasil.
Converse com um médico para definir qual o melhor para você.
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