Aumento da glicose no
sangue pode ter efeitos causadores de câncer, levando a modificações no DNA.
A chance de quem tem diabetes de desenvolver câncer é elevada. Essa
conclusão é de uma pesquisa do Instituto George para Saúde Global que envolveu
quase 20 milhões de pessoas.
De acordo com os estudiosos, a doença traz ainda maior perigo para as
mulheres, especialmente para a leucemia, câncer de estômago, boca e rim. Esses
resultados foram publicados na Revista da Associação Europeia para o Estudo do
Diabetes, a Diabetologia, e destacam a necessidade de mais pesquisas sobre o
papel da doença no desenvolvimento do câncer. “A ligação entre o diabetes e o
risco de desenvolver câncer está agora fortemente estabelecida. Nós também
demonstramos pela primeira vez que as mulheres diabéticas são mais propensas a
desenvolver qualquer tipo de câncer, principalmente os cânceres renais, orais e
estomacais e leucemia”, disse Toshiaki Ohkuma, autor principal do estudo – que
analisou dados de 47 países como EUA, Japão, Austrália, China e Reino Unido.
“O número de pessoas com diabetes dobrou mundialmente nos últimos 30
anos, mas ainda temos muito a aprender sobre a doença – e principalmente como
ela afeta homens e mulheres de maneiras diferentes”, reforça Toshiaki. A
pesquisa conclui que as mulheres diabéticas eram 27% mais propensas a
desenvolverem câncer do que as mulheres sem a condição. Para os homens, o risco
foi 19% maior.
Além desta conclusão, o estudo mostrou que mulheres que sofrem com o
excesso de açúcar no sangue tinham 6% de maior probabilidade de desenvolver
câncer, em comparação aos homens com diabetes. Os riscos de desenvolver câncer
renal foram 11%, de boca, estomago e leucemia foram de 13%, 14% e 15%,
respectivamente, maiores em comparação aos homens diabéticos. Já o risco de
câncer de fígado foi de 12% menor para as mulheres.
A relação.
Acredita-se que o aumento da glicose no sangue pode ter efeitos
causadores de câncer, levando a modificações no DNA. O diabetes pode ser
controlado por um estilo de vida saudável. O exercício físico, por exemplo,
aumenta a sensibilidade à insulina das células, controlando a doença.
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