Considerado o chefe do tráfico de drogas na Rocinha, Rogério Avelino da
Silva, conhecido como Rogério 157, foi condenado na terça-feira (24) a 32 anos
de prisão por tráfico, associação ao tráfico e corrupção ativa.
Rogério foi preso em 6 de
dezembro, na comunidade do Arará, na zona norte do Rio. À época, ele era o bandido mais procurado do Rio
e tinha recompensa estipulada em R$ 50 mil.
Meses antes, ele havia provocado uma guerra na comunidade, depois de
deixar a quadrilha de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Com essa
atitude, Nem deu ordens de dentro de um presídio federal fora do Rio, onde está
preso desde 2011, para que integrantes de sua quadrilha invadissem a Rocinha
com o apoio de homens de outras comunidades, ligados à mesma facção criminosa,
o que resultou em uma verdadeira guerra.
Com a guerra entre as duas quadrilhas rivais, o clima de pânico tomou
conta dos moradores, que ficaram impedidos de sair de casa, devido ao tiroteio
diário com armas pesadas dos dois lados.
Forças Armadas.
No dia 22 de setembro do ano passado, o então ministro da Defesa, Raul
Jungmann, depois de um pedido do governador Luiz Fernando Pezão, decidiu enviar
um efetivo das Forças Armadas para dar apoio às forças de segurança do estado.
Militares do Exército e da Aeronáutica entraram na parte baixa da comunidade
junto ao Túnel Zuzu Angel. Eles foram acompanhados por policiais militares e
alguns grupos se espalharam pelas principais ruas da localidade, no interior da
favela.
A missão principal das Forças Armadas é fazer um cerco à Rocinha para
apoiar as operações das polícias civil e militar. Outro grupo das Forças
Armadas foi deixado na parte alta da favela, na área de mata por helicópteros
da Força Aérea Brasileira (FAB), com equipamentos de comunicação para facilitar
o deslocamento da tropa, onde os traficantes estariam escondidos. As Forças
Armadas permaneceram na comunidade por uma semana e depois deixaram às ações
diárias para a Polícia Militar que ocupou a comunidade.
Prisão.
Rogério Avelino da Silva estava desarmado quando foi preso, no dia 6 de
dezembro do ano passado, na zona norte do Rio de Janeiro, e se ofereceu para
"resolver a vida" dos policiais civis que o prenderam. As informações
foram dadas pelo delegado Gabriel Ferrando, da 12ª DP de Copacabana, que
comandou a equipe que prendeu Rogério 157.
"Ele não chegou a oferecer [suborno], mas – notem – a ousadia foi
tanta, que ele chegou a insinuar que a nossa vida estaria resolvida",
disse o delegado, que participou da operação integrada entre as forças
estaduais e federais de segurança pública e defesa. Mais pessoas foram presas
nas comunidades e dois menores, apreendidos.
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