A Copa do Mundo pode
ter acabado faz um tempo, mas ainda há muito motivo para manter o futebol em
sua vida. Um novo estudo, publicado no periódico científico Scandinavian
Journal of Medicine and Science in Sports, revelou efeitos positivos sobre
a saúde óssea entre homens e mulheres de meia-idade ou idosos diagnosticados
com pré-diabetes.
A descoberta pode soar
muito específica, mas é importante para quem se enquadra no perfil. Isso porque
pacientes com pré-diabetes ou diabetes tipo 2 têm maior prevalência de fraturas
ósseas e osteopenia (quando o corpo não produz um novo osso tão rápido quanto
reabsorve o antigo).
“Nossos resultados mostram que o futebol e a
orientação alimentar são realmente um combo eficaz para melhorar a saúde óssea
dessas pessoas, alcançando efeitos positivos significativos nas pernas e locais
femorais, que são clinicamente importantes. O futebol é um treinamento que
estimula a formação normal do tecido ósseo”, afirmou Magni Mohr, líder do
projeto e professor na Universidade do Sul da Dinamarca.
Como foi feita a
pesquisa?
Para análise, foram
aplicados testes que avaliaram a saúde óssea inicial de cada um dos 50
voluntários, além de exames de sangue para determinar os níveis de substâncias
que trabalham com a renovação e formação óssea.
Todos os participantes
tinham pré-diabetes, e três quartos deles tinham ossos fracos, com problemas de
osteoporose (quando os ossos se tornam frágeis e quebradiços) ou osteopenia nas
pernas.
Porém, após 16 semanas
de treinamento, quando os voluntários bateram bola duas vezes por semana em
aulas de uma hora, os cientistas mostraram aumentos em produções do organismo
que combatem a fraqueza nos ossos.
Cientificamente
falando, foram registradas melhoras como o aumento de 3,2% de conteúdo mineral
ósseo do colo femoral, 2,5% no eixo femoral, bem como 32g no conteúdo mineral
ósseo. A osteocalina no plasma (responsável pela mineralização de cálcio) teve
um aumento de 23%, enquanto a P1NP (que é proporcional à quantidade de colágeno
novo depositado durante a formação óssea) foi de 52%.
"O futebol é um
esporte multiuso que combina força, resistência e treinamento intervalado de
alta intensidade, e isso o torna uma boa ferramenta para a prevenção e
tratamento do diabetes tipo 2 e doenças ósseas", diz Peter Krustrup, professor
de ciências esportivas e da saúde que também participou do estudo.
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