A planície lacustre da
Cidade do México registra a cada ano um afundamento de entre 8 e 12 centímetros
pela excessiva extração de água dos aquíferos, com efeitos catastróficos para a
infraestrutura urbana, afirmou na quinta-feira (30) um pesquisador da Universidade
Nacional Autônoma do México (Unam).
O especialista Efraín Ovando Shelley, do Instituto de Engenharia da Unam, destacou que "o México está exposto a muitos riscos que não são de curta duração; um deles é o afundamento regional, que ocorre pouco a pouco, mas de maneira constante, pelo menos desde meados do século 19".
Shelley afirmou que tal processo "é causador de situações críticas em muitas partes da cidade já que contribui para a aparição de fendas no terreno e para afetações na infraestrutura urbana, nas vias, nas casas e no patrimônio arquitetônico, artístico e cultural".
O especialista Efraín Ovando Shelley, do Instituto de Engenharia da Unam, destacou que "o México está exposto a muitos riscos que não são de curta duração; um deles é o afundamento regional, que ocorre pouco a pouco, mas de maneira constante, pelo menos desde meados do século 19".
Shelley afirmou que tal processo "é causador de situações críticas em muitas partes da cidade já que contribui para a aparição de fendas no terreno e para afetações na infraestrutura urbana, nas vias, nas casas e no patrimônio arquitetônico, artístico e cultural".
O especialista explicou que os tremores, como fenômenos naturais, duram segundos, ou quando muito um minuto, e costumam ter consequências catastróficas, "mas os afundamentos são incidentes que vão em câmera lenta. Sua velocidade é variável, dependendo da região; inclusive poderia ser mínima, mas permanente".
Nesse sentido, afirmou que o Centro Histórico da Cidade do México "é uma das áreas mais afetadas, porque ali estiveram expostos vários edifícios há muito tempo, embora toda a bacia esteja danificada".
Além disso, lembrou que uma boa parte da capital mexicana está construída sobre uma antiga área lacustre (argilas fracas e deformáveis), "razão pela qual ao subtrair água o subsolo se deforma e afunda".
O especialista destacou que em curto prazo é impossível deter o fenômeno, mas uma das soluções seria deixar de explorar os aquíferos.
Outra opção seria construir uma rede de drenagem paralela: uma que recolha águas pluviais e outras as águas negras. Shelley lembrou que tecnicamente é possível tratar a água de chuva para reutilizá-la, inclusive para ser injetada novamente no subsolo.
O pesquisador salientou ainda que uma "iniciativa viável" seria retomar o exercício que a Unam realiza no seu campus de Cidade Universitária e aplicá-lo em diversas partes da Cidade do México que é reciclar a água pluvial, já que subtrair a água do subsolo já não é realista.
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