Jogar uma garrafa PET
na lata de lixo da sua casa e vê-la se transformar em biogás. Parece um cenário
futurista e longe do nosso alcance, ainda mais sabendo quanta energia poderia
ser gerada com o consumo mundial de quase 130 milhões de toneladas de plástico
por ano. Pesquisadores da Sociedade Americana de Química (ACS, na sigla em
inglês), contudo, estão provando que isso é possível --e cada vez mais
necessário.
Em um estudo elaborado para a revista "Environmental Science & Technology", os cientistas Tanja Narancic, Kevin O'Connor e Ramesh Babu Padamati realizaram vários testes de decomposição com os chamados bioplásticos, resíduos derivados de fontes renováveis de biomassa, como óleos e gorduras vegetais, até chegar a uma composição que possa ser reciclada em casa.
Os experimentos mostraram que a combinação de ácido polilático --usado em procedimentos estéticos-- e policaprolactona é totalmente degradável em dióxido de carbono, biomassa e água, condições típicas de compostagem doméstica. Muitos dos plásticos e misturas individuais que foram testados decompõem-se sob condições de digestão anaeróbica, um processo que pode produzir biogás.
Em um estudo elaborado para a revista "Environmental Science & Technology", os cientistas Tanja Narancic, Kevin O'Connor e Ramesh Babu Padamati realizaram vários testes de decomposição com os chamados bioplásticos, resíduos derivados de fontes renováveis de biomassa, como óleos e gorduras vegetais, até chegar a uma composição que possa ser reciclada em casa.
Os experimentos mostraram que a combinação de ácido polilático --usado em procedimentos estéticos-- e policaprolactona é totalmente degradável em dióxido de carbono, biomassa e água, condições típicas de compostagem doméstica. Muitos dos plásticos e misturas individuais que foram testados decompõem-se sob condições de digestão anaeróbica, um processo que pode produzir biogás.
Para chegar a essa
composição, eles estudaram os destinos de 15 diferentes plásticos ou
combinações sob condições controladas, como compostagem e digestão anaeróbica,
e também em ambientes não controlados, incluindo solo, água doce ou marinha.
Problema
global ainda sem solução definitiva.
A poluição causada pelo
plástico é um problema ambiental no mundo todo, particularmente nos oceanos,
onde os detritos podem matar animais marinhos e pássaros que ingerem ou se enroscam
neles. Apesar do aumento dos níveis de reciclagem em muitos países, a maior
parte do lixo plástico ainda acaba em aterros sanitários ou é descartada no
meio ambiente.
Os cientistas já
conseguiram desenvolver plásticos biodegradáveis, mas muitas vezes eles não têm
a mesma flexibilidade, força ou resistência dos materiais convencionais.
Outro ponto discutido na pesquisa é que, apesar dos bioplásticos serem frequentemente citados como alternativas sustentáveis à produção, ainda são incógnitas em relação à decomposição e à reciclagem. No estudo, apenas dois deles, o poli-hidroxibutirato (PHB) e o amido termoplástico (TPS), foram completamente degradados em todas as condições do solo e da água.
"Se a sociedade pretende substituir o plástico não degradável pelo biodegradável, precisamos garantir que entendemos a biodegradabilidade destes materiais e, em especial, das suas composições, já que estas tendem a ser mais comercializadas. Este conhecimento pode informar as áreas de aplicação desses materiais para que eles tenham um impacto positivo nas opções de gerenciamento do descarte", conclui o estudo.
Outro ponto discutido na pesquisa é que, apesar dos bioplásticos serem frequentemente citados como alternativas sustentáveis à produção, ainda são incógnitas em relação à decomposição e à reciclagem. No estudo, apenas dois deles, o poli-hidroxibutirato (PHB) e o amido termoplástico (TPS), foram completamente degradados em todas as condições do solo e da água.
"Se a sociedade pretende substituir o plástico não degradável pelo biodegradável, precisamos garantir que entendemos a biodegradabilidade destes materiais e, em especial, das suas composições, já que estas tendem a ser mais comercializadas. Este conhecimento pode informar as áreas de aplicação desses materiais para que eles tenham um impacto positivo nas opções de gerenciamento do descarte", conclui o estudo.
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