quarta-feira, 29 de agosto de 2018

É VERDADE QUE LIMPAR O NARIZ COM SORO EVITA QUE FIQUEMOS GRIPADOS?...


FONTE: *** Gabriela Ingrid,, https://vivabem.uol.com.br



              

"Eu coloco soro no nariz todo dia para me prevenir da gripe. Isso realmente funciona?"

Provavelmente, a ideia de que limpar o nariz com soro evita a gripe vem do fato de que a pessoa estaria retirando todo o muco onde os tais micro-organismos ficam "grudados". No entanto, isso não é verdade. Realmente, o corpo produz muco para barrar a entrada de corpos estranhos, como bactérias e poeira. Mas limpar essa secreção é apenas uma questão de higiene e não de prevenção.


A grande maioria dos quadros respiratórios é causada pelo contato com vírus dos mais variados tipos. Esses "bichinhos" estão nas mãos e nas secreções respiratórias de pessoas doentes, que costumam espirrar, tossir e eliminar partículas de saliva contendo vírus. Ao inalar essas gotículas ou coçar os olhos com as mãos contaminadas, essas partículas entram nas vias respiratórias e vão parar, muitas vezes, em lugares profundos como a traqueia e os brônquios, onde penetram nas células e onde se multiplicam antes de disseminarem-se pelo organismo.

Para evitar essa ameaça, o organismo produz uma secreção mais potente --o catarro --, repleta de anticorpos e micro-organismos, para capturar os invasores. Os cílios do aparelho mucociliar empurram esse catarro para a garganta, momento em que ou o escarramos ou o engolimos. Neste último caso, a própria acidez do estômago mata os invasores.

Assim, manter o nariz limpinho diariamente é uma boa medida de higiene, além de deixar nossa respiração mais fácil e cômoda, uma vez que nós produzimos secreções respiratórias de forma contínua, independentemente de estarmos gripados ou não. Ao manter essas áreas limpas, retiramos o excesso de secreção, tornando a respiração mais fácil. Se você quiser usar o soro para este fim, prefira os sem vasoconstritores, para evitar efeitos colaterais, ou opte por uma medida até mais simples: use um lencinho.

*** Fontes: Paulo Olzon, infectologista e professor de clínica médica da Unifesp; Celso Granato, assessor médico em infectologia do Fleury Medicina e Saúde.

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