Washington, 30 Ago 2018
(AFP) - Uma consequência pouco
estudada das mudanças climáticas é que o aumento das temperaturas estimula o
crescimento dos insetos e, portanto, das pragas que devoram cultivos como o
milho, arroz e trigo.
Pesquisadores da Universidade Estatal de Washington concluem, em um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science, que a produção agrícola mundial verá seu rendimento reduzido porque uma característica fisiológica universal dos insetos é que quanto mais calor faz, mais comem.
Além disso, nas regiões temperadas, o aumento das temperaturas também fará com que os insetos se reproduzam mais rápido, e ambos os efeitos se somarão.
"Haverá mais insetos e eles comerão mais", diz em resumo à AFP Curtis Deutsch, um dos autores do estudo, professor de oceanografia na Universidade de Washington.
Europa, Estados Unidos e China, grandes produtores de cereais, serão mais afetados que os países em regiões tropicais como Brasil ou Vietnã, onde os insetos já estão aproveitando ao máximo as condições climáticas, disse.
Avaliar as perdas agrícolas adicionais é um exercício difícil, mas o pesquisadores o fizeram simulando o impacto de um aumento de 2°C no metabolismo dos insetos e calculando o novo apetite. Isto não leva em conta o uso adicional de pesticidas ou outras mudanças para prevenir estes estragos.
Uma espécie invasora se beneficiaria particularmente: o pulgão russo do trigo. Este inseto verde, de entre um e dois milímetros, colonizou os Estados Unidos na década de 1980 e atacou o trigo e a cevada.
O inseto tem a particularidade de que só se encontraram exemplares fêmeas. "Estes insetos nascem já gestando suas filhas, cada uma estando já grávida de suas netas", disse à AFP Scott Merrill, especialista em insetos na Universidade de Vermont.
Cada fêmea pode dar à luz oito filhotes por dia, que se multiplicam por oito pelo número de netas... "Deixo que imaginem o quão rápido a população destes pulgões pode explodir", diz.
"Um ou dois pulgões podem dar à luz bilhões se as condições são ideais", acrescenta.
Até agora, tinha sido estudado principalmente o efeito do aquecimento global no desenvolvimento das plantas. Deutsch espera que este trabalho estimule mais cientistas a estudarem o efeito sobre os insetos em regiões particulares.
Pesquisadores da Universidade Estatal de Washington concluem, em um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science, que a produção agrícola mundial verá seu rendimento reduzido porque uma característica fisiológica universal dos insetos é que quanto mais calor faz, mais comem.
Além disso, nas regiões temperadas, o aumento das temperaturas também fará com que os insetos se reproduzam mais rápido, e ambos os efeitos se somarão.
"Haverá mais insetos e eles comerão mais", diz em resumo à AFP Curtis Deutsch, um dos autores do estudo, professor de oceanografia na Universidade de Washington.
Europa, Estados Unidos e China, grandes produtores de cereais, serão mais afetados que os países em regiões tropicais como Brasil ou Vietnã, onde os insetos já estão aproveitando ao máximo as condições climáticas, disse.
Avaliar as perdas agrícolas adicionais é um exercício difícil, mas o pesquisadores o fizeram simulando o impacto de um aumento de 2°C no metabolismo dos insetos e calculando o novo apetite. Isto não leva em conta o uso adicional de pesticidas ou outras mudanças para prevenir estes estragos.
Uma espécie invasora se beneficiaria particularmente: o pulgão russo do trigo. Este inseto verde, de entre um e dois milímetros, colonizou os Estados Unidos na década de 1980 e atacou o trigo e a cevada.
O inseto tem a particularidade de que só se encontraram exemplares fêmeas. "Estes insetos nascem já gestando suas filhas, cada uma estando já grávida de suas netas", disse à AFP Scott Merrill, especialista em insetos na Universidade de Vermont.
Cada fêmea pode dar à luz oito filhotes por dia, que se multiplicam por oito pelo número de netas... "Deixo que imaginem o quão rápido a população destes pulgões pode explodir", diz.
"Um ou dois pulgões podem dar à luz bilhões se as condições são ideais", acrescenta.
Até agora, tinha sido estudado principalmente o efeito do aquecimento global no desenvolvimento das plantas. Deutsch espera que este trabalho estimule mais cientistas a estudarem o efeito sobre os insetos em regiões particulares.
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