Uma hora de narguilé
equivale a consumir cerca de 100 cigarros.
Você já ouviu falar em
narguilé? O acessório de origem oriental, similar a um cachimbo, é utilizado
para fumar tabaco aromatizado, que vem ganhando cada vez mais adeptos no
Brasil.
O que muita gente pode
não saber é que uma hora de narguilé equivale a consumir cerca de 100
cigarros, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). No Dia Nacional de
Combate ao Fumo (29), o pneumologista do Hospital São Rafael (HSR), Guilherme
Montal, explica que “essa prática consegue ser ainda pior que o cigarro comum,
uma vez que não existe um filtro para a fumaça”.
Ainda de acordo com o
médico, apesar de conter água e aromatizantes, a fumaça do narguilé, assim como
o típico cigarro, contempla substâncias tóxicas ao organismo – mais de quatro
mil. “Além da nicotina (maior causadora da dependência), existem alcatrão, monóxido
de carbono, polônio 210, cádmio, dentre outras”, detalha. Guilherme Montal
também esclarece que essa prática é maior entre adolescentes e jovens,
geralmente em meios de socialização, como bares e festas.
Aos adeptos ao narguilé
vale outra advertência: por ser um objeto de compartilhamento, existe
ainda a possibilidade de transmissão de doenças infecciosas, como hepatite,
herpes e tuberculose.
Para além desses
riscos, pesquisas afirmam que tabagismo, de um modo geral, gera danos a
curto e longo prazo, podendo desencadear mais de 50 doenças, tais como:
respiratórias (enfisema, câncer, bronquites), doenças cardiovasculares e risco
de câncer, além da ansiedade e das alterações comportamentais.
“O fumo também
pode provocar irritação nos olhos e nariz, dor de cabeça, alergias, dores no
peito, aumento da pressão arterial, transtornos de memória e do
sono, doenças do sistema imunológico e déficit de atenção”, pontua o
pneumologista.
Pare de fumar.
Mais de 200 mil
brasileiros morrem, por ano, vítimas do tabagismo, de acordo com o INCA.
Apesar de ser uma estatística elevada, para quem quer parar de fumar,
os benefícios são animadores. Após duas horas, não há mais nicotina
circulando no sangue; em oito horas, o nível de oxigênio no sangue se
normaliza; e de 12 a 24 horas, os pulmões já começam a funcionar melhor.
A tendência é que após
dois dias, o olfato e o paladar melhorem e após três semanas a pessoa já note
melhoras também na respiração e na circulação. “Após um ano sem fumar, o
risco de morte por infarto do miocárdio reduz pela metade e após cinco ou 10
anos, o risco de sofrer infarto é igual ao das pessoas que nunca
fumaram”, esclarece Guilherme Montal.
Vença os gatilhos.
- Evite situações
estressantes.
- Passe longe do
cafezinho.
- Evite ficar muito
tempo sozinho.
- Opte por não
frequentar ambientes que possuem bebida.
- Passe menos tempo com
pessoas que fumam.
- Livre-se das
lembranças do cigarro.
- Pratique exercícios
físicos e mantenha sua mente sempre ocupada.
- Procure apoio médico.
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