Um novo estudo mostrou
que ter um histórico de AVC aumenta o risco de
desenvolver demência em cerca de 70%, e um derrame recente dobra esse risco.
Realizada por
cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e publicada no periódico Alzheimer's
& Dementia, a pesquisa analisou dados de 48 estudos envolvendo um total
de 3,2 milhões de pessoas ao redor do mundo. “Dado o quão comum é o AVC e a
demência, esse elo é uma descoberta importante”, ressalta Ilianna Lourida, uma
das autoras. "As melhorias na prevenção do derrame e no cuidado pós-AVC
podem, portanto, desempenhar um papel fundamental na prevenção da demência.”
Segundo a Organização
Mundial da Saúde, 15 milhões de pessoas sofrem um derrame a cada ano. Enquanto
isso, cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm demência.
As características do
acidente vascular cerebral, como a localização e a extensão do dano cerebral,
podem ajudar a explicar o aumento do risco de demência observada nos estudos.
Além disso, os pesquisadores notaram que o risco entre os homens foi maior
do que nas mulheres.
Apesar dos resultados,
a maioria das pessoas que sofre um AVC não desenvolve demência, por isso é
necessária uma investigação adicional para determinar se as diferenças nos
cuidados pós-AVC e estilo de vida podem reduzir ainda mais o risco de demência.
Entretanto, as
descobertas podem ajudar a reduzir o avanço das doenças cerebrais relacionadas
à capacidade de raciocínio e memória. "Cerca de um terço dos casos de
demência são potencialmente evitáveis, embora esta estimativa não leva em
conta o risco associado com acidente vascular cerebral. Nossos resultados
indicam que este valor pode ser ainda maior e reforçam a importância de
proteger o suprimento de sangue para o cérebro, para tentar reduzir a carga
global de demência", conclui David Llewellyn, que também participou do
estudo.
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