Trombose pode
afetar pacientes que sofreram traumas graves, tanto por conta do impacto nos
vasos sanguíneos quanto pelo tempo em que passa imobilizada no hospital ou de
repouso em casa.
Pessoas que sofreram
traumas graves, como quedas, fraturas e acidentes, podem ter uma sequela comum
no sistema vascular: a trombose. O termo se refere à condição na qual há o
desenvolvimento de um “trombo”, um coágulo sanguíneo, nas veias das pernas
e coxas. Quando esse trombo se solta e se
desloca até o pulmão, ele é chamado de Embolia Pulmonar (EP) e em muitos casos
é fatal.
Essa situação, de acordo
com a angiologista, pode acometer os pacientes que sofreram acidentes tanto por
conta do impacto nos vasos sanguíneos quanto pelo alto risco do problema para
pacientes hospitalizados, que passaram por cirurgias e que estão em longos
períodos de imobilidade, por conta de uma deficiência na circulação sanguínea.
A médica conta que
pacientes que sofreram fraturas de vértebras ou lesões de medula espinhal tem
maior risco de desenvolver o problema, mas acidentes e fraturas nas pernas
também são frequentemente ligados à trombose. Alguns outros fatores aumentam o
risco para o aparecimento desse quadro em pacientes clínicos e cirúrgicos:
abortamento recorrente, acidente vascular cerebral, anticoncepcional hormonal,
câncer, cateter venoso central, doença inflamatória intestinal, doença pulmonar
obstrutiva crônica, idade maior que 55 anos, infecção, insuficiência arterial
periférica, cardíaca ou respiratória, obesidade, internação em UTI, paralisia
dos membros inferiores, quimioterapia, reposição hormonal, tabagismo, varizes,
insuficiência venosa periférica, antecedente familiar de trombose e TEV prévio.
Geralmente, os coágulos se
formam nas veias mais profundas dos membros inferiores. “Ao se desprenderem e
impactarem um vaso pulmonar, pode ocorrer a embolia ou o tromboembolismo
pulmonar. E isso pode ser fatal ou deixar sequelas como insuficiência venosa
crônica”, diz a médica.
No caso de pacientes
que sofreram traumas, é indicado o uso profilático de anticoagulantes. “Alguns
sinais da trombose são: dores nas pernas, principalmente nas panturrilhas, pé e
o tornozelo; sensação de queimação na região afetada; mudanças na cor da pele,
que começa a ficar vermelha ou azul; ou inchaço”, diz a médica.
Mas a angiologista
alerta: “É bom lembrar que esse não é um problema apenas de quem sofreu
acidente e está hospitalizado. Como a panturrilha é o coração das pernas, a
cada contração muscular bombeamos o sangue e ativamos a nossa circulação.
Situações onde essa musculatura fica parada muito tempo podem causar uma
retenção de líquido nas pernas, levando a inchaço, pernas pesadas, cansadas e
aumentando a predisposição de desenvolver varizes e trombose venosa”, explica a
cirurgiã vascular. Por esse motivo, para quem trabalha sentado ou fica durante
muito tempo no sofá, o ideal é também introduzir alguns hábitos para ativar a
circulação, como:
– Realizar exercícios
movimentando os pés a cada hora de trabalho sentado;
– Levantar a cada hora
e andar para movimentar um pouco as pernas;
– Para alguns casos,
usar meias de compressão para conforto e melhor rendimento.
O diagnóstico de
trombose é feito por meio de exames de imagem e o tratamento é feito com
anticoagulantes, levando em consideração o risco hemorrágico inerente a essa
classe de medicamentos. “Ainda com relação aos sinais de uma embolia pulmonar,
temos a falta inesperada de respiração, a respiração rápida, a dor no peito e a
frequência cardíaca”, comenta a médica. “Sentindo qualquer um desses sinais, o
médico deve ser chamado imediatamente”, finaliza a angiologista.
*** Por: DRA. ALINE
LAMAITA
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