FONTE: *** Marcio Atalla, https://marcioatalla.com.br/
Taxa de
mortalidade teve significativa elevação em 15 anos.
Uma nova pesquisa da
Universidade de Princeton, EUA, forneceu dados alarmantes sobre a taxa de
mortalidade de americanos brancos de meia-idade, provocada pelo uso de drogas.
Os óbitos chegam a quase meio milhão, comparável ao índice de mortes
relacionados à Aids. A situação foi classificada pelos autores do estudo como
“epidemia” silenciosa.
O crescimento dos
óbitos entre pessoas brancas na faixa etária dos 45 aos 54 anos, no período
entre 1998 a 2013, foi provocado por uso de drogas, álcool, suicídio, doença
hepática e cirrose. Essas seriam as causas do aumento do índice de mortalidade
entre os americanos. Tal padrão não é encontrado em outros países desenvolvidos
e nem entre os afro-americanos ou hispânicos nos Estados unidos.
E o crescimento do
índice de mortes foi constatado em todos os níveis de escolaridade, mas o maior
se deu entre pessoas com menos estudo. Entre as vítimas que tinham diploma do
ensino médio ou menos, os óbitos causados por intoxicação pelo uso de drogas e
álcool aumentou quatro vezes mais. Já os suicídios, o aumento chegou a 81%.
Mortes causadas por doenças do fígado e cirrose aumentaram em 50%.
Segundo os
pesquisadores, se a taxa de mortalidade entre brancos de meia idade estivesse
se mantido desde 1998, 96 mil vidas poderiam ter sido preservadas. E se tivesse
sido reduzida no mesmo ritmo em que caiu em 1978, aproximadamente 488.500 vidas
teriam sido salvas. Mas, a partir de 1998, a taxa de mortalidade entre
americanos de meia-idade começou a subir num ritmo crescente de 0,5% ao ano. Já
entre os afro-americanos e hispânicos nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade
diminuiu em 2,6% e 1,8% ao ano, respectivamente.
O aumento de morte,
segundo o estudo, pode ter sido provocado por problemas financeiros, já que a
renda familiar média de brancos não-hispânicos começou a declinar no final de
1990, continuando a afetar os que possuem ensino mediou ou menor capacitação.
Problemas relacionados
à saúde, saúde mental e incapacidade de lidar com os problemas da vida
cotidiana também estão entre as causas. Maior quantidade de pessoas brancas de
meia-idade, em 2013, admitiu sofrer de mais dor crônica. Também apresentaram
piora na função hepática do que pessoas da mesma idade em 1999. A quantidade de
pessoas da mesma faixa etária com incapacidade para o trabalho também duplicou.
*** Por Yasmin Barcellos.
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