FONTE: *** Heloísa Noronha, Colaboração para Universa, https://www.uol.com.br/
Toda mulher tem um enorme potencial para sensações orgásticas que vão muito além do sexo com alguém e da masturbação. Como o orgasmo ocorre no cérebro, e não nos genitais, alguns gatilhos e estímulos - voluntários ou não - podem provocar excitação e conduzir ao clímax.
Universa conversou com especialistas e lista, a seguir, alguns exemplos:
8
maneiras de uma mulher alcançar o orgasmo, mesmo sem sexo.
1. Dormindo (e
sonhando): Os "sonhos molhados" são
comumente atribuídos aos homens, em especial na fase da adolescência. Porém,
muitas mulheres costumam obter orgasmo enquanto dormem. Durante a fase REM do
ciclo do sono, há um aumento da atividade cerebral e uma aceleração da
circulação sanguínea, o que costuma causar um "inchaço" no clitóris.
É uma etapa em que os sonhos ocorrem com mais frequência; se o teor for
erótico, maior a chance de um orgasmo.
2. Pensando:
Lembranças, fantasias, antecipação de uma experiência que promete ser
prazeirosa... Segundo a neurofisiologista Berverly Whipple, pesquisadora da
Universidade Rutgers, em Nova Jérsei (EUA), e uma das defensoras da existência
do ponto G, tudo o que passa pela nossa mente e tem conteúdo erótico pode
funcionar como um gatilho para a excitação e, como consequência, o pico sexual
- e sem qualquer estímulo físico.
3. Fazendo exercícios
físicos: Num estudo realizado pela Universidade de Indiana (EUA),
mais de 500 mulheres relataram já ter chegado ao clímax durante a prática de
atividade física intensa, como spinning, abdominais e até levantamento de peso.
Outro estudo, divulgado no periódico britânico "Journal Sexual and
Relationship Therapy" em 2011, revelou que 51% das mulheres entrevistadas
experimentaram um "coreogarsmo"
durante uma sessão de abdominais. Os movimentos de contrair e relaxar podem
estimular o clitóris e gerar uma explosão de prazer.
4. Praticando Ioga:
Por si só, a prática já ajuda a combater inimigos de uma sexualidade saudável
como estresse e ansiedade e a exercitar a flexibilidade e a conexão com o
momento presente, fundamentais para relações satisfatórias. Alguns exercícios
mais avançados trabalham com a musculatura do assoalho pélvico, alongando e
"abrindo" os quadris", favorecendo maior prazer.
5. Ouvindo sussurros:
Os vídeos do tipo ASMR (Autonomous Sensory Meridian Response, que em tradução
livre significa Resposta Sensorial Autônoma do Meridiano) viraram febre e
passaram a explorar o nicho de conteúdo erótico. A satisfação induzida por
ruídos e gemidos podem levar a uma sensação corporal de excitação que, em casos
extremos, alguns são capazes de atingir conduzem ao orgasmo apenas ouvindo o
som da voz de outra pessoa.
6. Tomando banho: Sem
penetração e sem a presença de uma outra pessoa, as
brincadeiras com o chuveirinho direcionadas ao
clitóris podem render um gozo sem igual.
7. Experimentando o
BDSM: A sigla significa Bondage, Disciplina, Dominação,
Submissão, Sadismo e Masoquismo e inclui uma série de práticas - jogos entre
mestre e escravo, aplicação de castigos físicos e/ou psicológicos, cenas com
velas e instrumentos de tortura, entre outros - que raramente envolvem sexo
e/ou penetração. A dor, nessas circunstâncias, é compreendida como prazer
e pode levar ao êxtase sexual.
8. Massagens:
As tântricas, em especial, possibilitam diversas sensações eróticas que podem
facilitar o orgasmo feminino sem que haja a necessidade de penetração. Uma
delas é a Yoni,
direcionada à vulva, que promove o autoconhecimento e a consciência corporal. A
Sentitive, por sua vez, é feita com o par: um explora cada pedacinho do corpo
do outro apenas com a ponta dos dedos. Os toques diferentes do sexo
convencional, sem priorizar os genitais, são um dos segredos do prazer na
filosofia do Tantra.
*** Fontes consultadas: Carla Cecarello, psicóloga, sexóloga consultora do site C-Date e fundadora da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade); Gabriela P. Daltro, psicóloga e sexóloga da plataforma Sexo Sem Dúvida; Oswaldo Martins Rodrigues Jr., terapeuta sexual, diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade) e autor do livro "Parafilias - Das Perversões às Variações Sexuais" (Zagodoni Editora), e Priscilla Leite, instrutora do canal no YouTube Pri Leite Yoga.
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