FONTE:https://leiamaisba.com.br/
O relógio de fabricação
alemã era uma novidade.
Os moradores mais
idosos de Aracaju ainda se lembram do “Tô Doidão”, aquele relógio de quatro
faces, em cima de um pedestal de ferro, que havia na Praça Fausto Cardoso, em
frente ao hoje Museu Palácio Olímpio Campos.
Antes do “bobo”
desajuizado, o logradouro central ganhou uma pela peça importada, comprada em
1925 pelo então prefeito de Aracaju, Hunald Santaflor Cardoso, irmão do
ex-governador de Sergipe, Graccho Cardoso.
Em um de seus livros, a
pesquisadora Ana Maria Fonseca Medina conta que entre as muitas obras
realizadas por Santaflor Cardoso destacou-se justamente a reforma da Praça
Fausto Cardoso.
Para embelezá-la, o
prefeito adquiriu no Rio de Janeiro, por intermédio da famosa Relojoaria
Safira, o relógio de fabricação alemã, uma novidade para a época. A peça se
destacava na bem cuidada praça, tendo virado pronto de encontro nos fins de
tarde.
O saudoso pesquisador
Luiz Antônio Barreto também escreveu sobre o relógio da Fausto Cardoso. Segundo
ele, anos após a administração de Hunald Santaflor, a peça alemã foi
substituída por uma mais nova, bem mais bonita, porém jamais funcionou
satisfatoriamente. Por isso mesmo foi logo apelidada de “Tô Doidão”.
Na segunda metade do século passado, um carro desgovernado acertou o relógio em cheio, deixando-o empenado. Algum tempo depois, a Prefeitura mandou removê-lo para consertá-lo, porém isso jamais aconteceu e ninguém mais falou no simpático “Tô Doidão”.
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