Na atualidade, talvez mais do que em outros períodos da
sociedade, o sofrimento parece tomar parte em todos os atos e aspirações
humanos, tornando-se um elemento de séria perturbação ao processo evolutivo.
Quando se começam a delinear os traços básicos de
qualquer planejamento, pensa-se a respeito do sofrimento que advirá da
audaciosa realização e gasta-se muito tempo nas tentativas de anular-lhe a
presença. Não acostumado aos investimentos novos e às suas exigências, o
candidato às mudanças, que devem acontecer, espera imediata adesão das demais
pessoas, o que não ocorre, e sofre com as reações que se apresentam, mesmo
antes de serem postos em prática os primeiros projetos. O mesmo ocorre com os
idealistas acostumados às lutas ante o impositivo do progresso e das
construções contínuas do conhecimento.
O caráter da maioria das pessoas, inseguro e atado
a valores de perturbação, parece armado contra tudo que é novo e que sacode a
preguiça ou a vaidade mal disfarçada, em que se refugia para nada fazer de bem...
Siddharta Gautama, o Buda, foi um dos primeiros
pensadores a deter-se no estudo desse comportamento, criando as quatro regras
de ouro, que constituem alicerce filosófico da sua doutrina.
Tudo é sofrimento, afirma o apóstolo da busca
interior para a felicidade. O sofrimento que deflui do sofrimento, que são as
consequências não superadas das aflições que se padece no transcorrer da
existência; as causas do sofrimento, as razões que dão força para a luta e, por
fim, como libertar-se do sofrimento, caminho que leva à cessação do sofrimento.
Toda a Doutrina de Jesus, o Mártir da Cruz, é o
esforço para superar ou evitar o sofrimento mediante as ações beneméritas do
Amor em todas as suas expressões.
Porque a criatura humana prefere o prazer, o
agradável das sensações, mesmo que perniciosas, o sofrimento é a consequência
inevitável da escolha e se instala até quando se resolve por trilhar o caminho
que conduz à sua cessação. Esse esforço é ingente e penoso, e ninguém logra o
bem-estar, a plenitude existencial, sem o contributo do sofrimento gerador do
sofrimento.
Buda propõe oito regras de retidão para evitar-se
o sofrimento, denominadas Nobre Caminho Óctuplo: entendimento correto,
pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço
correto, atenção plena correta, concentração correta.
Jesus sintetizou todas as diretrizes que impedem a
presença do sofrimento ou a libertação dele através do amor, que responde por
todas as necessidades existentes e se fortalece na execução do programa da
verdade e da vida. ...E o Espiritismo completa informando que se trata da Lei
de Causa e Efeito, decorrência de tudo quanto se faz.
Oi Alma Irmã,
nossas Fraternais Saudações!
Que esta
MSG te encontre em Paz e com Saúde!!! Obrigado pela companhia!
Por Divaldo
Franco, Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 12.11.2020. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=653.
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