FONTE: Da redação, https://www.msn.com/
Cerca
de 41 mil anos atrás aconteceu o chamado evento Laschamp, um fenômeno natural
que produziu uma mudança na polaridade do campo magnético da Terra. Segundo os
estudados até agora, esse evento durou cerca de 500 anos.
Naquela
época, o campo magnético enfraqueceu para 6% ou menos do total atual. Em
seguida, a polaridade foi reestabilizada na direção reversa e a intensidade do
campo atingiu 28% do valor da corrente. Demorou mais 250 anos para retomar a
orientação norte-sul que temos hoje.
Durante
o processo que esse fenômeno natural envolveu ocorreram mudanças tão radicais
no clima que um grande número de espécies foi extinto. O céu ardia em auroras,
produzidas pela ionização da atmosfera, o que levou os primeiros humanos a se
refugiarem em cavernas, evidenciadas na arte rupestre, que coincide com esse
período.
Este
fenômeno natural pôde ser estudado graças às anomalias geomagnéticas
descobertas na década de 1960 nos fluxos de lava Laschamps em Clermont-Ferrand,
na França. Mas um novo estudo, conduzido em fósseis de árvores Kauri na Nova
Zelândia, determina que não foi a mudança de polaridade em si que produziu a
extinção em massa, mas sua duração.
Como
a intensidade do campo diminuiu 9% nos últimos 170 anos e oscilou durante anos,
presume-se que uma mudança de polaridade pode ocorrer novamente, já que
aconteceu outras vezes: o evento Laschamp é apenas o último de muitos. E embora
não possam prever quando isso aconteceria, se em 100 ou 500 anos, os
pesquisadores assumem que tal evento acabaria com a civilização, porque na
ausência de um campo magnético, a radiação destruiria a camada de ozônio que
nos protege de radiação ultravioleta.
As
consequências de um fenômeno natural desse calibre são devastadoras: além das
mudanças climáticas que afetariam as cadeias produtivas de alimentos, a
radiação ionizante desabilitaria toda a indústria eletrônica e destruiria a infraestrutura
elétrica.
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