FONTE: Luciana Cavalcante, Colaboração para, em Belém, https://www.uol.com.br/
Um pedido de socorro de uma mulher nas redes sociais levou à prisão do marido dela, ontem, em Bady Bassitt (SP), cidade a 470 km de São Paulo. A vítima havia sofrido agressões e estava sendo feita refém dentro do caminhão, até que resolveu pedir ajuda na internet.
A mulher, de 38 anos, postou em suas redes uma foto com o símbolo de uma cruz vermelha pintada na palma da mão, que é comumente usado por mulheres para pedir ajuda em casos de violência. Na mensagem, a mulher dizia que estava sofrendo agressões do marido.
A imagem teve muitos compartilhamentos e chegou ao conhecimento da Polícia Rodoviária Federal, que interceptou o caminhão no km 78 da BR-153. Segundo a polícia, no momento da abordagem a vítima apresentava sinais de violência no rosto.
"Essa imagem chegou à PRF em Goiás que, de posse da placa, passou a monitorar o percurso do caminhão. Em um trabalho em conjunto com a PRF em São José do Rio Preto, aqui em São Paulo, fizemos a abordagem e ela confirmou as agressões", contou o inspetor Catarucci, da PRF.
O casal mora em Anápolis (GO) e estava retornando para casa após uma viagem a Santa Catarina. O marido, de 41 anos, é caminhoneiro e transportava uma carga de madeira.
"Eles foram conduzidos para a delegacia e o marido foi preso em flagrante pelos crimes de cárcere privado e lesão corporal agravada pela violência doméstica", disse o inspetor, que informou que a ocorrência foi a primeira do tipo na região, e alertou para a importância de denúncias sobre o caso..
"É sempre importante que qualquer vítima de violência, quer seja familiar, trabalho escravo, abuso sexual, é muito importante denunciar para que os responsáveis sejam levados à sua responsabilização perante a justiça", reforça o policial.
O caminhoneiro já respondia a outros inquéritos policiais pelo mesmo crime, mas não havia medida protetiva contra ele. O caminhão foi retido e ficará à disposição da empresa. A mulher passou por exame de corpo de delito e foi liberada.
Como denunciar.
Já sofreu uma agressão e quer denunciar? Registre um Boletim de Ocorrência por violência doméstica em qualquer delegacia. Se puder, procure uma delegacia da mulher, especializada neste tipo de caso.
Conhece uma mulher em situação de perigo? Ligue para 180. O canal do governo federal funciona 24 horas, incluindo sábados, domingos e feriados. A ligação é anônima e a central dá orientações jurídicas, psicológicas e encaminha o pedido de investigação a órgãos de defesa à mulher, como o Ministério Público.
Em casos de emergência, é possível telefonar para 190 e acionar a polícia.
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