FONTE: ***, Daniela Orlandi, https://www.msn.com/
Se
você está vivenciando, a longo prazo, uma carga intensa de estresse e se sente
em uma completa exaustão, é possível que esteja sofrendo da síndrome do
esgotamento mental.
A
condição acarreta um prejuízo da saúde física e mental. A pessoa atinge o
limite das suas emoções e pode desenvolver distúrbios mentais como transtorno
de ansiedade generalizada, crises de pânico e depressão.
As
causas do esgotamento emocional variam de caso para caso. A psicóloga Marilene
Kehdi, especialista em atendimento clínico, explica que existem gatilhos
distintos, entre eles: problemas pessoais como divórcios prolongados, doença
crônica ou lesão, desemprego, falecimento de alguém próximo, problemas
financeiros, período pós-parto.
A
síndrome do esgotamento mental também pode ser consequência do excesso de
trabalho, que desencadeia a síndrome de burnout, que hoje afeta três em cada
dez brasileiros.
Ela
surge pela sobrecarga de funções e pela dificuldade em executá-las, pela
pressão de atingir metas em curto prazo, falta de autonomia e de reconhecimento
dos esforços, excesso de competição, desconfiança, insatisfação, infelicidade
no trabalho, um chefe ou líder muito exigente e controlador, além do próprio
acúmulo de tarefas.
A
pandemia da Covid-19 e seus desdobramentos também desencadearam consequências
no emocional das pessoas. Muitas se viram diante de um alto nível de
esgotamento emocional, devido às preocupações, problemas e crises no âmbito
pessoal, profissional e geral.
Saiba quais são os sinais da exaustão
emocional:
- Cansaço físico e mental excessivo,
dificuldade para descansar e relaxar. Apatia e desânimo generalizados;
- Medo, sensação de que está sendo
ameaçado por alguma coisa ou de que algo ruim está prestes a acontecer;
- Desesperança, impressão de que nada
vai mudar, de que não há saída, nem perspectiva;
- Insônia, demorar para dormir,
acordar de madrugada sem sono ou ter uma noite agitada;
- Dificuldade de concentração,
cansaço mental, ter dificuldade de manter a coerência de raciocínio;
- Lapsos de memória, dificuldade de
processar e armazenar informações no nível consciente decorrente da
saturação mental. Raciocínio lento e dificuldade de manter uma conversação
mais longa;
- Labilidade emocional, ter vontade de chorar sem motivo
aparente, sentimentos de desesperança, ansiedade e angústia;
- Irritabilidade, nervosismo e perda
do controle com mais facilidade;
- Mudanças de comportamento como
comportamentos reativos e defensivos.
Possíveis sintomas físicos:
- Alterações no apetite, comendo
demais ou perdendo a fome;
- Dores de cabeça;
- Dores e tensões musculares;
- Queda da imunidade;
- Alterações na respiração
decorrentes do nível de ansiedade, que a tornam mais curta;
- Pode ocorrer aumento de risco de
doença cardíaca;
- Alterações gástricas e intestinais,
podendo desenvolver gastrite e ter muita constipação.
Ao
iniciar o tratamento, a primeira tarefa é indicar as causas, eliminar os
fatores de estresse, promovendo alterações onde for necessário, seja no aspecto
profissional ou pessoal. Após essa etapa, o recomendado é promover mudanças no
estilo e dinâmica de vida, assumir o controle sobre o estresse. Elaborar e
ressignificar experiências impactantes da vida também é fundamental.
É
recomendado a prática de algum exercício físico, não ficar conectado 24 horas
por dia no mundo online e fazer refeições
saudáveis e dormir melhor.
Lembre-se
que o acompanhamento profissional é fundamental nesses casos, para um
tratamento mais adequado, procure ajuda.
*** Consultoria: Marilene Kehdi, psicóloga.
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