HPV é a doença sexualmente transmissível mais frequente.
O Vírus do Papiloma Humano, mais conhecido como HPV, é uma doença sexualmente transmissível (DST)
–– e tem chamado atenção pelos seus números. De acordo com informações da
Organização Mundial de Saúde (OMS), é o principal fator de risco para o câncer do colo do
útero e a DST mais frequente. “Um simples atrito
com uma mucosa infectada de mão, boca ou dos genitais é suficiente para que se
transmita o vírus”, afirma a ginecologista e obstetra Patrícia Toniolo Varella
Costa.
Transmissão:
8 em cada 10 mulheres são infectadas.
Estudos no mundo todo demonstram que de 50 a 80% das
mulheres sexualmente ativas são infectadas por pelo menos um tipo de HPV ao longo
da vida. O Ministério da Saúde registra 137 mil casos novos de infecção por HPV no
Brasil a cada ano, e as maiores vítimas são mulheres jovens, entre 15 e 25
anos.
Sintomas
do HPV.
“Os sintomas
variam desde quadros assintomáticos (completamente imperceptíveis), verrugas
genitais de tamanhos variados, corrimentos vaginais, sensação de prurido e
ardor na região genital, até lesões no colo do útero e/ou vagina só detectadas
através de um exame ginecológico mais detalhado”, esclarece a médica.
Tratamento.
Segundo a especialista, o tratamento do HPV é
definido de acordo com o caso. “Fatores como a idade da paciente, se é gestante
ou não, o local e o número de lesões. Basicamente, consiste na retirada ou
destruição do tecido doente através de cremes, cauterizações e, em casos mais
graves, microcirurgias.”
Prevenção.
O melhor mesmo é sempre prevenir. O uso de preservativos
durante todo o ato sexual é fundamental. Também é recomendado evitar a
troca constante de parceiros sexuais. “Se for o caso de o casal optar por
abolir o uso de preservativos, que se tenha uma relação de confiança entre os
parceiros, que sejam únicos e exclusivos um para o outro”, alerta a médica.
Além disso, alimentação rica e balanceada, hábitos saudáveis como não fumar e
combater o stress ajudam na resistência contra o vírus.
Atualmente existem duas vacinas contra o HPV aprovadas
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e disponíveis no Brasil.
“Elas são seguras e aumentam a quantidade de anticorpos em 10 a 1000 vezes mais
do que os gerados pela infecção natural. É indicada para meninas de 9 a
mulheres de 26 anos, sendo ideal que se administre precocemente, até mesmo
antes do início da exposição potencial ao HPV através da atividade sexual”,
conclui a profissional.
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