FONTE: Chayenne Guerreiro, TRIBUNA DA BAHIA.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o problema
cardiovascular atinge mais de 300 mil pessoas por ano e faz 80 mil vítimas.
Segundo
dados do Ministério da Saúde, o problema cardiovascular atinge mais de 300 mil
pessoas por ano e faz 80 mil vítimas. O número representa 12 mortes a cada
hora, ou uma a cada cinco minutos. Na Bahia, os números mais recentes, apontam
que em 2010 foram registradas 517 mortes e 4.148 internações por infarto.
Na
quinta-feira (23), um homem de 39 anos, identificado como Kazuo Ferreira
Fukutani, infartou e morreu dentro de uma sala de cinema do Shopping Bela
Vista. Segundo informações da 11ª Delegacia, o homem, que era psicólogo, passou
mal logo após o início da exibição do filme. Uma equipe de bombeiros do
shopping foi acionada, mas ao chegar ao local já encontrou o homem morto.
De
acordo com o cardiologista do Happy Vida, Newnton Rodrigues, por ser uma situação
repentina, o índice de mortes por infarto, é alto. “O infarto é uma situação
aguda, ou seja, repentina, em que há uma falta de oxigenação no músculo
cardíaco. É isso que pode provocar uma dor no peito e levar a arritmias e até a
uma parada cardíaca, um infarto se não for atendido logo, pode levar a morte,
por isso ele é tão temido,” explica.
Ainda
segundo Rodrigues, a doença quando não chega ao seu pior desfecho pode ainda
causar seqüelas que duram a vida inteira. “Mesmo que não leve a óbito, o infarto
pode causar uma disfunção do músculo cardíaco e o paciente evoluir para uma
deficiência cardíaca congestiva. É sempre uma doença de muita mortalidade e
muita morbidade,” disse.
O
tabagismo e o sedentarismo são alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento
de um maior risco da doença, que tem atingido cada vez mais jovens. “As pessoas
tem a idéia errada de que infarto acontece só em pessoas idosas, cada dia que
passa temos mais jovens morrendo por causa disso. O fator principal é o que nós
chamamos de aterosclerose, que são placas de gordura, causadas por um nível
alto de colesterol, que vão crescendo e caso elas se rompam, provocam um
efeito chamado trombose, que obstrui os vasos, então o sangue oxigenado
não passa para o coração, que é o que causa o infarto. O acesso cada vez maior
aos alimentos com alto teor de gordura, com uma dieta rica em lipídios,além do
uso de anabolizantes, de termogênicos e de drogas, favorece bastante a
ocorrência do infarto nos jovens,” explica o cardiologista.
Segundo
o especialista em coração do Happy Vida, os sintomas vão além das dores no
peito e da falta de ar. “Na imensa maioria das pessoas, a dor no peito,
sensação de morte eminente, que é o grande sintoma do infarto. Mas é bom
lembrar que existem dores que não são localizadas no peito, como dor no queixo,
nas costas, nos ombros, no abdômen, que pode também ser um sintoma de infarto.
Além disso, os idosos e os diabéticos, podem infartar sem apresentar dor,
através de um mal estar qualquer como uma sudorese, palidez, tontura, enjôo,
falta de ar. Eles podem na verdade estar enfartando e não apresentar a dor no
peito,” conta.
O
cardiologista faz um alerta para que as pessoas cada vez mais busquem um estilo
de vida mais saudável. “Procurar um médico que ele vai avaliar os fatores de
risco. Além disso, existem regras básicas como não fumar, manter o peso na
faixa adequada, ter uma atividade física regular, manter o colesterol e o
açúcar em níveis normais, por fim,dentro do possível, levar um vida menos
estressante,” finaliza.
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