FONTE: Rodrigo Mattos, Do UOL, em Toronto (CAN), (pan.uol.com.br).
Quando as jogadoras
se alinharam para cantar o hino na final do Pan chamava a atenção a estatura da
goleira colombiana Sandra Sepulveda: 1,65m. O futebol feminino, óbvio, tem
atletas mais baixas do que o masculino, mas a altura da goleira tornava as
bolas aéreas uma arma para o Brasil. Foi com esse trunfo que a seleção chegou
ao seu ouro, o tricampeonato na competição continental.
Com a vitória na
final diante da Colômbia, por 4 a 0, as mulheres brasileiras garantiram pódio
em todos os quatro Pans em que estiveram. Um desempenho bem superior do que o
dos times dos homens que não ganha desde 1987.
Foi pelo alto que
Formiga abriu o placar ainda no início do jogo ao cabecear sem chance para
Sepulveda. Pouco se viu mais de emocionante num primeiro tempo em que o Brasil
dominava a bola, mas tinha pouca penetração, enquanto a Colômbia quase não
ameaçava.
Mais movimentado foi
o segundo tempo. A goleira não era mais Sepulveda, trocada por Paula Forero,
mas a estatura no gol colombiano só ganhou 4 centímetros. O Brasil teve mais
presença de ataque para ameaça-la.
Maurine mal havia
entrado em campo quando foi bater um escanteio. A bola saiu com curva, bem
batida, e a goleira saltou errado permitindo que esta passasse por cima dela.
Gol olímpico. Podia ter saído outros dois gols em bolas na trave.
O terceiro veio pelo
chão com Andressa, uma das melhores em campo, que completou com facilidade para
gol vazio. Para fechar o placar, mais uma vez, a baixinha colombiana
ajudou: Fabiana chutou de longe e Paula Forero não teve altura para alcançar a
bola.
Foi uma demonstração
do domínio brasileiro no continente americano quando não há as fortes
norte-americanas pela frente. E um consolo para a fraca campanha no Mundial, no
mesmo Canadá. Um alento para Olimpíada do Rio-2016 em que também terão
adversárias mais fortes pela frente.
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