FONTE: CORREIO DA BAHIA ( ).
Com a mudança na
percepção da gravidade da infecção, os jovens têm deixado de lado a prevenção.
Na contramão do mundo, o Brasil tem visto o crescimento
contínuo de novos casos de HIV. De acordo com relatório divulgado pela Unaids
na terça-feira (14), a agência das Nações Unidas para a Aids, o número global
teve uma queda de 35,5% na comparação entre os anos de 2000 e 2014.
Enquanto o número estimado em 2000 foi de 3,1 milhões, a
agência aponta 2 milhões de novas infecções em 2014. No Brasil, em 2000,
estimativas apontavam que houve entre 29 mil a 51 mil novos casos, enquanto em
2014, estimou-se entre 31 mil e 57 mil novos casos.
“Muitos países que começaram a resposta à epidemia cedo
observaram um aumento nos novos casos de infecções. Há uma nova geração de
jovens que não viram a epidemia da doença. Eles não tiveram referência do
problema”, diz Georgiana Braga-Orillard, diretora da Unaids no Brasil.
Com a mudança na percepção da gravidade da infecção, os
jovens têm deixado de lado a prevenção. Apesar de as novas infecções por HIV
terem caído 17% de 2000-2014 na América Latina, houve pouca mudança no número
anual de contaminações nos últimos anos.
O Brasil é responsável por quase metade das novas
infecções na região. Apesar dos problemas, o relatório destaca que o país foi o
primeiro a dar tratamento gratuito de Aids para a população.
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