FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A substância utilizada atua no organismo
proporcionando sensação de prazer aos pacientes.
Um
levantamento realizado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde em
parceria com a Fundação Oswaldo Cruz sobre o uso de crack no Brasil, revelou
que no país existem mais de 370 mil pessoas que fazem uso da droga
regularmente, número que corresponde a 35% dos consumidores de drogas nas
capitais do país.
Diante
do crescente número de usuários, a procura por tratamentos menos agressivos e
terapias alternativas também aumenta consideravelmente. Por isso, o Instituto
Brasileiro de Terapias (IBTA), localizado em Paulínia/SP, realiza um tratamento
inovador utilizando a planta africana Tabernanthe Iboga em pacientes
dependentes químicos.
A
substância está revolucionando o tratamento da dependência química e melhorando
significativamente a saúde dos usuários de drogas. A Ibogaína, princípio ativo
contido na planta, é utilizada na forma HCL (uma forma salina da substância)
extraída da raiz deste arbusto.
O
paciente que chega ao instituto para dar início ao tratamento está ciente que
não há necessidade de internação e que contará com todo o suporte que se fizer
necessário tanto a ele, quanto a seus familiares. Com duração de cinco dias e
dividido em cinco sessões, uma por dia, o dependente químico recebe a medicação
em cápsulas, o que comprovadamente torna o método ainda mais eficaz.
De
acordo com Rogério Souza, diretor do IBTA, mestre em Medicina Chinesa e
Naturopata, a Ibogaína age no organismo do paciente da seguinte
forma: "Ela atua no fígado ativando a enzima chamada GDNF (responsável
pelas reconexões neurológicas), atuando na área lesionada pelo uso de entorpecentes.
Ela também aumenta a serotonina, neurotransmissor do prazer, que é ausente em
pacientes dependentes de drogas em geral".
A
partir da primeira sessão a pessoa já não sofrerá mais com sintomas de
abstinência e fissura, conseguirá entender o que a levou ao vício, e
posteriormente a isso, os médicos avaliarão a forma com que o dependente se
comportou durante todo o processo, podendo assim estipular quais serão as
próximas medidas para que o tratamento seja mantido fora do instituto.
Além
disso, o instituto oferece ainda um suporte de 12 meses com terapias
auxiliares que serão realizadas para complementação dos resultados.
O uso
da Ibogaína traz inúmeros benefícios aos pacientes. Entre eles estão o aumento
do hormônio responsável pela sensação de prazer no cérebro sem depender de
nenhuma substância: a dopamina; o aumento do foco; da concentração; aumento dos
potenciais; melhora na aprendizagem em qualquer estudo em que se proponha
iniciar e principalmente o alcance entre 70% a 80% da recuperação entre os
dependentes químicos. Apesar de sua eficiência, pacientes com esquizofrenia,
cardíacos graves e hepáticos graves não devem fazer uso da substância.
Este
tratamento deve ser feito por especialistas em clínicas que ofereçam a
estrutura necessária para receber os dependentes que podem passar pelo procedimento.
O IBTA foi
fundado em 2001 e conta com o apoio de corpo clínico composto por profissionais
altamente capacitados no tratamento de drogas através de terapias alternativas
e da planta africana revolucionária: Ibogaína.
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