quarta-feira, 22 de julho de 2015

INTER FAZ JOGO IRRECONHECÍVEL, LEVA 3 a 1 DO TIGRES E FICA FORA DA FINAL...

FONTE: Do UOL, em Porto Alegre (esporte.uol.com.br).


O Internacional está fora da Copa Libertadores de 2015 e da pior forma possível. Com uma atuação irreconhecível, o Colorado foi batido com facilidade pelo Tigres-MEX, nesta quarta-feira (22), no estádio Universitário, em Monterrey. Gignac, Geferson contra e Arévalo Rios marcaram para o time mexicano. Lisandro López descontou no fim: 3 a 1. O placar poderia ter sido ainda maior, mas Rafael Sóbis perdeu pênalti. A equipe da América do Norte agora pega o River Plate na final.

A vitória de 2 a 1 obtida na semana passada, em Porto Alegre, não adiantou. O futebol do Inter foi para lá de fraco. Sem o poderio ofensivo que o deixou como melhor ataque da competição até a partida no México, o Colorado foi dominado o tempo todo. Nem de longe lembrando as partidas realizadas fora de casa contra Universidad de Chile e Atlético-MG.

Com Valdívia sumido, Nilmar isolado na frente e D'Alessandro bem marcado, o Internacional ainda padeceu de vários erros defensivos. Geferson mandou contra o próprio gol em lance bizarro e William passou a noite toda levando dribles de Javier Aquino – um dos destaques do Tigres. Com 12 minutos do segundo tempo o quadro já apontava 3 a 0. Alisson ainda evitou que o escore fosse maior pegando o pênalti de Sóbis e salvando chutaço de Gignac no final. Aos 43, Lisandro López descontou e deu emoção ao jogo até o apito final.

Terceiro mexicano na final da Libertadores, repetindo o que fez Cruz Azul em 2001 e Chivas Guadalajara em 2010, o Tigres começa a decidir a taça na próxima quarta-feira, na Argentina. O jogo final será em Monterrey, por conta da melhor campanha da equipe comandada pelo brasileiro Ricardo Ferretti.

FICHA TÉCNICA.

                                 TIGRES-MEX 3 x 1 INTERNACIONAL

Data: 22/07/2015 (quarta-feira)

Local: estádio Universitário, Monterrey (México)

Árbitro: Carlos Vera (EQU)

Auxiliares: Carlos Herrera (EQU) e Luis Vera (EQU)

Cartões amarelos: Torres (TIG); Rodrigo Dourado (INT)

Gols: Gignac, aos 17 minutos do primeiro tempo. Geferson (contra), aos 40 minutos do primeiro tempo. Arévalo Rios, aos 11 minutos do segundo tempo. Lisandro López, aos 43 minutos do segundo tempo.

TIGRES-MEX: Nahuel; Jiménez, Rivas, Juninho, e Francisco Torres; Arévalo Rios, Pizarro, Jürgen Damm (Lugo), Javier Aquino (Álvarez) e Rafael Sóbis; André-Pierre Gignac Técnico: Ricardo Ferretti

INTERNACIONAL: Alisson; William (Rafael Moura), Ernando, Juan e Geferson; Rodrigo Dourado, Aránguiz, D'Alessandro, Valdívia (Alex) e Lisandro López; Nilmar (Eduardo Sasha) Técnico: Enrique Carrera (interino).

Fases do jogo:
  • Primeiro tempo: O Tigres não fez exatamente como o Inter, no jogo de ida, mas conseguiu dois gols antes do intervalo. E sem tomar nenhum. Mesmo sem marcação pressão, o time mexicano teve mais posse de bola, maior volume de jogo e muito mais chances. Gignac abriu o placar aos 17 minutos, em jogada onde toda defesa do Colorado ficou olhando. A desvantagem abalou o clube gaúcho e os donos da casa tiveram mais duas chances. Mas fizeram o 2 a 0 sem tocar na bola. Geferson marcou contra e resumiu a atuação do Internacional: irreconhecível e com apenas dois chutes de longe até o intervalo.

  • Segundo tempo: O que era ruim ficou pior. Sem mudar nenhum jogador, o Inter seguiu sendo dominado pelo Tigres. Aquino sofreu pênalti claro de William, mas Sóbis perdeu - com Alisson pegando firme. O chute errado não fez falta, pois aos 11 houve linha de passe dentro da área do Colorado e Arévalo Rios fez de peixinho. Ali o time gaúcho acusou o golpe e sequer conseguiu descontar.
Destaques:
  • Festão: Bandeira gigante do México, faixa enorme com os olhos de um Tigres e milhares de balões. Fogos de artifício e até um tigre inflável gigante no gramado. Antes da bola rolar o estádio passou por uma festa que é incomum em jogos de Libertadores.

  • Escalação: Mesmo com Eduardo Sasha à disposição, Diego Aguirre manteve Lisandro López no time. Com o argentino aberto pela esquerda, o Inter tentou segurar o Tigres. O problema é que o caminho usado para atacar foi o oposto, com Aquino. E o ataque do Colorado não fez absolutamente nada.

  • Pior derrota: Os três gols sofridos no México entram para história do Inter. Ao lado das derrotas para a Portuguesa da Venezuela (em 1977) e Vélez Sarsfield (em 2007), o placar sofrido diante do Tigres se torna o pior tropeço do clube na Libertadores

  • Desespero: Suspenso pela Conmebol, Diego Aguirre não ficou na beira do gramado. A ausência dele fez falta e o auxiliar Enrique Carrera não deu conta da missão. Pior: em um camarote do estádio, o treinador foi flagrado com as mãos na cabeça após o gol contra de Geferson. Em gesto de desespero.
Melhores:
  • Gignac, Tigres: Francês teve espaço e, além do gol de cabeça, foi peça importante do Tigres. Finalizou como quis de dentro da área e também da intermediária. Desequilibrou também com jogadas combinadas com Aquino e Sóbis.

  • Javier Aquino, Tigres: Rápido e com muita técnica, mexicano fez o que quis contra a marcação do Inter. Sofreu pênalti de William, mas antes e depois do lance venceu todas as disputas individuais.
Piores:

  • Geferson, Internacional: Lateral esquerdo deu espaço para Jürgen Damm cruzar a bola que terminou com o gol de Gignac. Sem contar o gol contra bizarro aos 40 minutos do primeiro tempo.

  • William, Internacional: Lateral direito falhou no gol de Gignac, cometeu pênalti e ainda foi driblado o tempo todo por Javier Aquino.

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