FONTE: Do UOL, em Porto Alegre (esporte.uol.com.br).
O Internacional está fora da Copa
Libertadores de 2015 e da pior forma possível. Com uma atuação irreconhecível,
o Colorado foi batido com facilidade pelo Tigres-MEX, nesta quarta-feira (22),
no estádio Universitário, em Monterrey. Gignac, Geferson contra e Arévalo Rios
marcaram para o time mexicano. Lisandro López descontou no fim: 3 a 1. O placar
poderia ter sido ainda maior, mas Rafael Sóbis perdeu pênalti. A equipe da
América do Norte agora pega o River Plate na final.
A vitória de 2 a 1 obtida na semana
passada, em Porto Alegre, não adiantou. O futebol do Inter foi para lá de
fraco. Sem o poderio ofensivo que o deixou como melhor ataque da competição até
a partida no México, o Colorado foi dominado o tempo todo. Nem de longe
lembrando as partidas realizadas fora de casa contra Universidad de Chile e
Atlético-MG.
Com Valdívia sumido, Nilmar isolado
na frente e D'Alessandro bem marcado, o Internacional ainda padeceu de vários
erros defensivos. Geferson mandou contra o próprio gol em lance bizarro e
William passou a noite toda levando dribles de Javier Aquino – um dos destaques
do Tigres. Com 12 minutos do segundo tempo o quadro já apontava 3 a 0. Alisson
ainda evitou que o escore fosse maior pegando o pênalti de Sóbis e salvando
chutaço de Gignac no final. Aos 43, Lisandro López descontou e deu emoção ao
jogo até o apito final.
Terceiro mexicano na final da
Libertadores, repetindo o que fez Cruz Azul em 2001 e Chivas Guadalajara em
2010, o Tigres começa a decidir a taça na próxima quarta-feira, na Argentina. O
jogo final será em Monterrey, por conta da melhor campanha da equipe comandada
pelo brasileiro Ricardo Ferretti.
FICHA TÉCNICA.
TIGRES-MEX 3 x 1 INTERNACIONAL
Data: 22/07/2015
(quarta-feira)
Local: estádio Universitário, Monterrey (México)
Árbitro: Carlos Vera (EQU)
Auxiliares: Carlos Herrera (EQU) e Luis Vera (EQU)
Cartões amarelos: Torres (TIG); Rodrigo Dourado (INT)
Gols: Gignac, aos 17 minutos do primeiro tempo. Geferson (contra), aos 40 minutos do primeiro tempo. Arévalo Rios, aos 11 minutos do segundo tempo. Lisandro López, aos 43 minutos do segundo tempo.
TIGRES-MEX: Nahuel; Jiménez,
Rivas, Juninho, e Francisco Torres; Arévalo Rios, Pizarro, Jürgen Damm (Lugo),
Javier Aquino (Álvarez) e Rafael Sóbis; André-Pierre Gignac Técnico: Ricardo Ferretti
INTERNACIONAL: Alisson; William
(Rafael Moura), Ernando, Juan e Geferson; Rodrigo Dourado, Aránguiz,
D'Alessandro, Valdívia (Alex) e Lisandro López; Nilmar (Eduardo Sasha) Técnico: Enrique Carrera (interino).
Fases
do jogo:
- Primeiro
tempo: O
Tigres não fez exatamente como o Inter, no jogo de ida, mas conseguiu dois
gols antes do intervalo. E sem tomar nenhum. Mesmo sem marcação pressão, o
time mexicano teve mais posse de bola, maior volume de jogo e muito mais
chances. Gignac abriu o placar aos 17 minutos, em jogada onde toda defesa
do Colorado ficou olhando. A desvantagem abalou o clube gaúcho e os donos
da casa tiveram mais duas chances. Mas fizeram o 2 a 0 sem tocar na bola.
Geferson marcou contra e resumiu a atuação do Internacional:
irreconhecível e com apenas dois chutes de longe até o intervalo.
- Segundo
tempo: O
que era ruim ficou pior. Sem mudar nenhum jogador, o Inter seguiu sendo
dominado pelo Tigres. Aquino sofreu pênalti claro de William, mas Sóbis
perdeu - com Alisson pegando firme. O chute errado não fez falta, pois aos
11 houve linha de passe dentro da área do Colorado e Arévalo Rios fez de
peixinho. Ali o time gaúcho acusou o golpe e sequer conseguiu descontar.
Destaques:
- Festão: Bandeira gigante do México,
faixa enorme com os olhos de um Tigres e milhares de balões. Fogos de
artifício e até um tigre inflável gigante no gramado. Antes da bola rolar
o estádio passou por uma festa que é incomum em jogos de Libertadores.
- Escalação:
Mesmo
com Eduardo Sasha à disposição, Diego Aguirre manteve Lisandro López no time.
Com o argentino aberto pela esquerda, o Inter tentou segurar o Tigres. O
problema é que o caminho usado para atacar foi o oposto, com Aquino. E o
ataque do Colorado não fez absolutamente nada.
- Pior
derrota: Os
três gols sofridos no México entram para história do Inter. Ao lado das
derrotas para a Portuguesa da Venezuela (em 1977) e Vélez Sarsfield (em
2007), o placar sofrido diante do Tigres se torna o pior tropeço do clube
na Libertadores
- Desespero:
Suspenso
pela Conmebol, Diego Aguirre não ficou na beira do gramado. A ausência
dele fez falta e o auxiliar Enrique Carrera não deu conta da missão. Pior:
em um camarote do estádio, o treinador foi flagrado com as mãos na cabeça
após o gol contra de Geferson. Em gesto de desespero.
Melhores:
- Gignac,
Tigres: Francês
teve espaço e, além do gol de cabeça, foi peça importante do Tigres.
Finalizou como quis de dentro da área e também da intermediária.
Desequilibrou também com jogadas combinadas com Aquino e Sóbis.
- Javier
Aquino, Tigres: Rápido
e com muita técnica, mexicano fez o que quis contra a marcação do Inter.
Sofreu pênalti de William, mas antes e depois do lance venceu todas as
disputas individuais.
Piores:
- Geferson,
Internacional: Lateral
esquerdo deu espaço para Jürgen Damm cruzar a bola que terminou com o gol
de Gignac. Sem contar o gol contra bizarro aos 40 minutos do primeiro
tempo.
- William,
Internacional: Lateral
direito falhou no gol de Gignac, cometeu pênalti e ainda foi driblado o
tempo todo por Javier Aquino.
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