FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A ajuda especializada pode resolver o problema.
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada cinco casais
enfrenta problemas para engravidar, precisando de ajuda especializada para
realizar o desejo de ter um bebê. No Brasil, o número de casais inférteis gira
em torno de oito milhões.
Assumpto
Iaconelli Junior, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor
do Fertility Medical Group, esclarece que só se considera infertilidade
quando o casal está tentando regularmente engravidar durante um ano todo, sem
sucesso.
Nesse
caso, a ajuda especializada pode resolver o problema tanto a partir de um
aconselhamento, quanto através de técnicas sofisticadas de fertilização
assistida.
De todo modo, o especialista destaca seis fatos que toda mulher
deve saber sobre a infertilidade.
1 - Alguns problemas de infertilidade podem ser evitados
através de uma conduta sexual consciente - Cerca de 35% dos casos de infertilidade feminina estão
relacionados a problemas tubários.
As
infecções pélvicas estão entre as principais causas de obstrução das trompas,
ao lado da endometriose e das aderências pós-cirúrgicas. Essas infecções podem
ser evitadas com o uso de preservativo em toda relação sexual.
Só
assim a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis pode diminuir e,
consequentemente, todos os problemas decorrentes, como a infertilidade.
2 - Se a mulher não consegue engravidar, não
quer dizer que o problema esteja somente com ela - Em geral, as
causas da infertilidade de um casal estão distribuídas igualmente entre homens
e mulheres (por volta de 35% cada), além de um percentual referente à
infertilidade sem causa aparente.
Apesar
de raro, também pode acontecer de não haver nenhum problema com a mulher nem
com o homem, e sim com eles como casal. Ou seja, com outros parceiros a
gravidez talvez fosse alcançada.
“De
todo modo, é muito importante que o casal esteja em sintonia e disposto a
enfrentar o período de tratamento de forma unida.”
3 - Nenhuma
mulher deve sofrer em silêncio. Consultar um especialista pode ajudar a
resolver o problema mais rapidamente - Muitas mulheres em um relacionamento
estável costumam ter expectativas quanto à gravidez. Mesmo sem falar nada para
ninguém, elas passam a sofrer silenciosamente quando sabem que não estão usando
qualquer método contraceptivo e ainda assim não engravidam. Há, inclusive, quem
passe anos tentando ter um bebê, sem sucesso.
“É
importante saber que hoje há muitas clínicas especializadas em fertilização
assistida e que nem sempre é necessário fazer um tratamento complexo para
chegar ao resultado desejado. Portanto, se as tentativas já ultrapassaram um
ano, é interessante buscar ajuda especializada e não prolongar mais o
sofrimento por causa de uma dúvida.”
4 - Conheça
seu corpo - Desde
sempre é importante que a mulher conheça bem o seu corpo. Quem tem vinte e
poucos anos, todo mês tem entre 20% e 25% de chance de engravidar. Dos 30 aos
34 anos, as chances caem para 15% ao mês. Depois dos 35 anos, para apenas
10%.
“Apesar
de esses números serem um pouco assustadores, é importante que a mulher que
deseja engravidar preste atenção ao período menstrual e principalmente à
ovulação – que é quando ela realmente pode ser bem-sucedida.”
5 - Quem
tem mais de 35 anos e tentou engravidar por seis meses sem sucesso não deve
esperar muito para buscar ajuda especializada - “Não é fácil admitir a existência
de um problema. Principalmente hoje em dia, quando uma pessoa com 35 anos está
no auge do sucesso profissional – e durante uma das fases mais competitivas
nesse sentido, inclusive. Do lado pessoal, tem muita gente que adiou
planos de vida em comum para essa época. E é justamente quando as coisas podem
se tornar difíceis em termos de formar uma família. Sendo assim, quanto mais
cedo se identificar, aceitar e tratar o problema, melhor. Hoje em dia, a
Medicina Reprodutiva está muito avançada e conta com inúmeros recursos para
tratar a infertilidade de um casal.”
6 - Nem
todo mundo que recorre a uma clínica de fertilização assistida terá um ‘bebê de
proveta’ - “Aliás, esse termo largamente usado nos anos 80 já
caiu em desuso. Mas é fato que a fertilização in vitro não é
indicada para todos os casais. Além de a paciente às vezes precisar somente de
um ‘empurrãozinho’, com regulação de vitaminas, hormônios, dieta etc., pode ser
necessário seguir com tratamentos mais complexos, como a indução da ovulação,
transferência de gametas, inseminação artificial por doador, doação de óvulos,
injeção intracitoplasmática de espermatozoides, fertilização in vitro etc. O
importante é saber que há várias formas de alcançar o desejo de ter um filho e
não desanimar.”
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