FONTE:, (www.msn.com).
Popular entre os lutadores, os protetores bucais servem
como um escudo para os dentes. Feitos para prevenir traumatismos orais, eles já
são obrigatórios em alguns esportes, como o futebol americano, mas deveriam ser
aliados de todos que praticantes de atividades de impacto que envolvam quedas
ou contato físico brusco, como ciclismo, basquete e futebol.
Fabricados com materiais flexíveis e maleáveis, como
vinil e borracha, eles absorvem o impacto dos choques e, assim, protegem
tecidos moles, como gengivas e lábios. "Além de proteger essa parte mais
sensível da boca, eles podem evitar a fratura exposta da coroa ou da raiz (que
pode levar à perda do dente) e também a reabsorção interna e externa do dente”,
explica a professora de clínica odontológica da Universidade Federal de Minas
Gerais Denise Vieira Travassos (CRO-MG: 18148).
Hoje, existem três modelos de protetores disponíveis: os
comuns, os moldáveis em água e os feitos sob medida. Os dois primeiros são
comprados prontos em lojas de materiais esportivos e seguem tamanhos
padronizados. O moldável, porém, pode ser ajustado de acordo com a estrutura
dentária de cada paciente, basta deixá-lo por alguns minutos de molho em água
quente e, em seguida, morder o plástico aquecido para conseguir um bom encaixe
nos dentes. Os feitos sob medida, apesar de serem mais caros ‒ enquanto os
modelos prontos custam entre R$ 20 e R$ 40, os sob medida podem sair por R$ 600
‒, são a melhor alternativa para quem quer um produto de qualidade, pois
garantem maior proteção e adaptabilidade. A partir de uma consulta no dentista
é feito um molde, que é enviado por um laboratório responsável por fabricar um
protetor bucal específico para aquele paciente.
Para quem usa aparelho ortodôntico, os protetores são
essenciais, visto que qualquer tipo de pancada na região da boca pode provocar
lesões graves. Entretanto, o cuidado ao escolher o melhor modelo deve ser
redobrado. “Quem tem aparelho fixo não pode usar um protetor com moldagem em
água, porque pode acontecer de um grudar no outro e só sair com a remoção dos
dois”, explica Denise. Segundo a professora, o ideal é que esse paciente use o
modelo feito sob medida.
Além de sempre escolher modelo se adapta melhor para cada
caso, é preciso tomar cuidado com a higienização do utensílio, visto que ele
pode se tornar um local de acúmulo de bactérias. Após utilizá-lo, é preciso
fazer a limpeza com água e sabão neutro ou creme dental, e a recomendação é que
ele seja armazenado seco em uma caixinha, como as utilizadas para guardar
dentadura ou aparelho móvel.
A troca do protetor vai depender não só da qualidade do
material, mas também do tempo e intensidade de uso, que acabam desgastando o
protetor e diminuindo sua capacidade de proteger a boca. Denise alerta que não
se deve ficar mais de um ano com o mesmo protetor e que cada paciente deve ter
o uso orientado pelo dentista.
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