FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
É preciso redobrar a atenção para doenças e
agravos que costumam ter maior incidência neste período do ano.
Juntos,
o verão, período de férias, festas e alta estação turística mudam a dinâmica de
circulação e aglomeração de pessoas nos espaços públicos. Com isso, também é
preciso redobrar a atenção para doenças e agravos que costumam ter maior
incidência neste período do ano.
Dengue,
febre chikungunya e zika vírus são casos que já estão no foco da Secretaria de
Saúde do Estado (Sesab), por meio da Superintendência de Vigilância e Proteção
da Saúde (Suvisa), mas outras ameaças à saúde completam o conjunto de doenças
às quais as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento são
direcionadas.
Durante todo o ano e especialmente nos períodos de festas,
a Suvisa recebe notificações sobre a ocorrência de doenças e, nos casos
necessários, investiga possíveis surtos, que podem ocorrer por transmissão
alimentar, hídrica ou infecções virais e bacterianas.
A superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde, Ita de Cácia Aguiar, orienta sobre os cuidados que moradores e turistas precisam ter com a alimentação.
"Nesse
período, em seus passeios, as pessoas devem ter cuidado com o que consomem,
para evitar os surtos de diarreia e de doenças de transmissão alimentar. É
[preciso] verificar o local que você está comendo, a limpeza, a organização do
ambiente e se a pessoa que está te servindo também está tomando as medidas de
higiene", alerta a diretora da Suvisa.
No caso
das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, Ita de Cácia explica o motivo dos
cuidados serem maiores nesta época. "Este período é próprio para o
desenvolvimento do mosquito, pois tem a água, por causa das chuvas, e o calor.
Então tem o aumento dos mosquitos. Nós estamos alertando a comunidade e o
serviço publico, que está fazendo sua parte também, de evitar os criadouros,
para que não tenhamos uma epidemia dessas três doenças a partir de janeiro de
2016".
Da prevenção ao tratamento.
A
médica infectologista e diretora do Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes, destaca a
importância do trabalho de vigilância epidemiológica e, em especial, a atuação
estratégica do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen), que
concentra a realização de exames de diagnóstico das principais doenças
infectocontagiosas.
"A
gente tem como referência o Lacen, que fica num plantão nessas festas para
colher exames e dar diagnósticos dessas doenças que estão ocorrendo agora. É
muito importante os médicos solicitarem a presença do Lacen para fazer esse
tipo de coleta e até descobrir alguma coisa nova que está chegando. Os turistas
não têm apenas o risco de adoecer, mas também de trazer doenças", explica
Ceuci.
Para os
casos de suspeita, a orientação é que as pessoas procurem assistência médica,
disponível inclusive nos locais de realização das grandes festas do verão. Nas
ocorrências de maior complexidade, os postos de saúde devem encaminhar os
pacientes para o Hospital Couto Maia, referência no tratamento de doenças
infecciosas e parasitárias.
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