FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Oncologista e presidente da Sociedade Brasileira
de Cancerologia alerta para o uso de protetor solar durante o outono/inverno,
além de atentar para todas as pintas ou lesões novas ou aquelas que mudarem de
características (tamanho, espessura e cor).
O
câncer de pele continua sendo o mais incidente entre a população brasileira.
Mais de 200 mil casos devem ser registrados em 2016, segundo estimativa do INCA
(Instituto Nacional do Câncer), com expectativa de que a doença faça ao menos
duas mil vítimas fatais.
Essa
alta incidência acontece pela exposição excessiva aos raios nocivos do sol. O
estrago é cumulativo e, ao longo dos anos, ele pode se consolidar como um
tumor.
De
acordo com o oncologista e presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia,
Dr. Robson Moura, o câncer de pele é geralmente um tipo de tumor que poderia
ser combatido com medidas simples, como usar o protetor solar corretamente e
evitar exposição nos horários de sol forte.
“Outro
passo essencial para prevenção deste tipo de câncer é a visita periódica ao
dermatologista para um exame de rotina. Desta forma podemos evitar a maioria
dos tumores cutâneos que acometem a nossa população”, salienta Dr. Robson
Moura.
Neste
ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou um consenso sobre fotoproteção
voltado para brasileiros, em vez de apenas replicar dados de outros países.
Com
isso, a entidade passou a recomendar que fosse usado protetor solar diariamente
com fator 30 no mínimo. A decisão foi baseada na miscigenação da população e no
clima do país, considerando suas diferenças entre regiões.
Pintas que merecem atenção redobrada:
Segundo
o presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, as pintas que
merecem atenção são aquelas que tem pigmentação irregular, bordas assimétricas
e aquelas que mudam de características com o tempo, aumentando de tamanho,
espessura ou cor. Qualquer lesão cutânea que apareça deve ser sempre avaliada
por um médico.
“É
importante limitar ao máximo a exposição ao sol, usar protetor solar e chapéu,
além de atentar para todas as pintas ou lesões novas ou aquelas que mudarem de
características (tamanho, espessura e cor)”, alerta Dr. Robson.
Fatores de risco:
O
principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição solar associada
diretamente com a radiação ultravioleta, considerada a principal causadora de
alterações genéticas que, ao se acumularem, levam ao desenvolvimento de
neoplasias (crescimento anormal e progressivo de tecido).
Prevenção primária:
É importante
reduzir a exposição solar, em especial, nos horários de pico de incidência
solar (das 10h às 16h), além do uso de protetor solar, roupas com fotoproteção,
chapéus, óculos escuros e restrição da exposição à radiação UV adicional (sendo
as câmaras de bronzeamento artificial a fonte mais comum).
Prevenção secundária:
O
principal rastreamento de câncer de pele é o exame clínico. É feito por meio de
uma intervenção não invasiva, de baixo custo e com ampla aceitação entre os
pacientes.
Pacientes de alto risco:
Pacientes
com pele e olhos claros, e sardas, em conjunto com a elevada exposição solar,
são fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Pacientes com
história familiar de melanoma também merecem atenção especial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário