FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A picada de um escorpião provoca dor intensa e
contínua por horas.
Parece
inofensivo, mas não é. A picada de um escorpião provoca dor intensa e contínua
por horas, podendo seguir-se de náuseas, vômitos, transpiração, choque e, em
alguns casos, o óbito.
Crianças
menores de sete anos e adultos maiores de 70 anos merecem atenção redobrada,
uma vez que a letalidade aumenta significativamente nesta faixa etária.
O
responsável pela equipe do Pronto-Socorro Adulto e cirurgião geral do Complexo
Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Dr. Pedro Ivo Monteiro Pacheco, ressalta a importância
de um atendimento imediato, principalmente nesses casos.
“A
agilidade no atendimento eleva a chance de recuperação breve do paciente e
diminui as complicações que a picada pode provocar”, afirma.
Segundo
dados da Divisão de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado
de São Paulo, mais de 14 mil ataques foram registrados no ano passado, o que
significa cerca de 1.700 casos a mais se comparado a 2014.
O
especialista orienta que a pessoa picada lave imediatamente o local atingido
com água e sabão. Também é indicada a utilização de analgésicos e compressas
mornas, para dar algum conforto ao acidentado durante o transporte até um
hospital próximo.
Já nos
casos mais graves, deve ser usado o soro antiescorpiônico. O médico aconselha,
sempre que possível, a levar o escorpião ao serviço de saúde. “Esta atitude é
muito importante, pois assim define-se com segurança a espécie que provocou o
acidente e o tratamento a ser instituído”, orienta.
Para
reduzir os riscos de um ataque deste tipo de aracnídeo, o especialista alerta
para o uso de calçados e luvas durante atividades em locais rurais e de
jardinagem.
Além de
examinar cuidadosamente os calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes
de usá-las. Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção,
vedar as frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés e fechar ou
tampar ralos de banheiro e pias e lavatórios são ações indispensáveis para
evitar a entrada deste animal.
Entre
os incidentes mais frequentes no Brasil estão os provocados pelo escorpião
amarelo (Tityus serrulatus) e o escorpião marrom (Tityus bahiensis), comuns de
serem encontrados em entulhos, pedras, cascas de árvores e dentro de domicílios
- principalmente em sapatos e roupas.
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