Pessoas que dormem menos de seis horas por noite estariam dentro de um
grupo de risco de doenças como diabetes.
No próximo dia 18, médicos alertam para a necessidade de
dormir bem como forma de garantir a boa saúde física e mental, além de garantir
a produtividade nos estudos, no trabalho e na vida de um modo
geral. Industriário há 11 anos, Edmilton Santos, 47, sabe bem como é a
vida de quem sofre por não conseguir dormir bem.
Trabalhando num regime de escalas noturnas, ele – como
63% dos brasileiros – passou a apresentar problemas do sono. “Passei a dormir
pouco e a acordar completamente moído”, conta. Com o tempo, o que era um
incômodo foi se transformando em episódios de taquicardia.
Para conseguir dormir, ele passou a beber à noite.
Durante o dia, convivia pouco com a família e ficava irritado com o barulho
normal em casa.
“Passei a ser o pai impaciente e pouco sociável. Em
algumas noites, não dormia nada, ficava zapeando os canais de TV ou
amanhecia na internet. Em outros dias não queria levantar nem para
comer”, recorda. O que parecia apenas resultado do cansaço se ampliou, virou
isolamento social, angústia e depressão, exigindo que ele fizesse
acompanhamento psiquiátrico e psicoterapêutico.
Um estudo realizado pelas universidades federais de Minas
Gerais e São Paulo mostrou que 30% da população brasileira adulta sofre
com a insônia e que esse índice tende a crescer.
De acordo com o psiquiatra Kalil Dualib, pessoas que
dormem menos de seis horas por noite estariam dentro de um grupo de risco onde,
além do cansaço, da baixa produtividade nos estudos e no trabalho, também
haveria um risco potencial para a complicação de quadros de hipertensão,
acidente vascular cerebral, diabetes, obesidade e sobrepeso, entre outros.
“Quando o quadro de insônia ultrapassa três meses, há
repercussões significativas no humor, provocando distúrbios de ansiedade e irritabilidade”,
esclarece o médico.
Presenteísmo.
O instituto norte americano Pacific Sleep Medicine Services (Avastra de San Diego) mostrou que trabalhadores que sofrem desse mal têm três vezes mais chances de faltar ao trabalho do que pessoas que dormem bem. Uma das razões para isso é a chance três vezes maior de essas pessoas sofrerem um acidente de carro, em decorrência da falta e sono.
O instituto norte americano Pacific Sleep Medicine Services (Avastra de San Diego) mostrou que trabalhadores que sofrem desse mal têm três vezes mais chances de faltar ao trabalho do que pessoas que dormem bem. Uma das razões para isso é a chance três vezes maior de essas pessoas sofrerem um acidente de carro, em decorrência da falta e sono.
A falta de sono adequado compromete também a qualidade e
a quantidade de horas trabalhadas. A pesquisa mostrou que pessoas com insônia
apresentaram uma redução de 1,5 a duas vezes maior na dificuldade para cumprir
o horário de trabalho.
“No fenômeno conhecido como presenteísmo, as pessoas
estão presentes no trabalho, mas sentem dificuldade de se concentrar e tomar decisões”,
diz o médico.
O psiquiatra Kalil Dualib pontua ainda que o estudo
brasileiro reforça os dados americanos na medida em que mostra que 11% das
pessoas que enfrentam a situação de demissões são acometidas por problemas no
sono e a falta do emprego termina por agravar esses distúrbios que precisam ser
vistos com mais cuidado pela sociedade e pelos próprios médicos.
Para sensibilizar a sociedade, a World Association of
Sleep Medicine instituiu o Dia Mundial que, este ano, será comemorado no
próximo dia 18. Com o tema Dormir Bem É um Sonho Possível, a iniciativa deseja
mostrar que garantir esse bem- estar pode ser uma questão de criar hábitos mais
saudáveis, como a atividade física, a alimentação equilibrada e buscar não
recorrer às distrações que impeçam a qualidade e quantidade do sono.
Segundo a médica pesquisadora do Instituto do Sono de São
Paulo Dalva Poyares, preocupações, estresse e dificuldade em se desconectar de
aparelhos eletrônicos são os principais desencadeantes da insônia. “As queixas
de insônia aumentaram de maneira geral, pois a vida se tornou mais complexa e
temos cada vez mais coisas para fazer. Tudo isso interfere na manutenção do
sono”, afirma Dalva.
Com uma postura parecida, Dualib faz questão de pontuar
que entende-se por distúrbios do sono as situações onde alguém dorme
menos horas do que precisa ou acorda no meio da noite e demora para voltar a
dormir, resultando também na sensação de cansaço no dia seguinte. Apesar do
impacto dos distúrbios do sono na saúde das pessoas, poucos são os que procuram
ajuda profissional com queixas sobre a qualidade desse descanso fundamental.
Simpósio do Cárdio Pulmonar abordará urgências clínicas.
O tempo de evolução do paciente e sua recuperação dependem do cuidado que ele recebe na emergência. A identificação precoce dos sintomas e o início rápido de intervenções específicas favorecem os desfechos clínicos.
O tempo de evolução do paciente e sua recuperação dependem do cuidado que ele recebe na emergência. A identificação precoce dos sintomas e o início rápido de intervenções específicas favorecem os desfechos clínicos.
É esse entendimento que a equipe do Hospital Cárdio
Pulmonar (CP) quer multiplicar entre a comunidade médica de Salvador. Com esse
objetivo, será realizado, nos dias 18 e 19 de março, o I Simpósio de Urgências
e Emergências Clínicas do Cárdio Pulmonar.
O curso é destinado a médicos, residentes e estudantes de
Medicina do 5º e 6º anos que desejem se aprofundar no manejo de pacientes
críticos nas áreas de Cardiologia, Pneumologia, Gastroenterologia, Neurologia e
Sepse/choque séptico. A emergência hospitalar como uma especialidade médica
também será tratada.
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