FONTE: Drix Zimon, TRIBUNA DA BAHIA.
Publicado pelo Feminino e Além, site parceiro do
Tribuna da Bahia.
Em uma
recente matéria da revista Exame, o cenário foi este: “De acordo com um estudo
divulgado no final de janeiro pelo Center for Talent Innovation, 61% dos
funcionários LGBT no Brasil dizem esconder sua sexualidade para colegas e
gestores (…).
Além de
61% dos profissionais LGBT não assumirem sua orientação sexual ou a identidade
de gênero, 49% disseram que não a escondem, mas não falam abertamente sobre o
assunto no ambiente de trabalho e alteram o próprio comportamento para se
integrar entre os colegas”.
Cenário
feio demais. E olhe que não estou falando nem dos países onde a homoafetividade
é “punida” com a morte. Na verdade, a dimensão da violência gratuita com os
homossexuais (sem falar na transfobia), deve criar um medo imediato de ser tão
aberto(a) com sua própria vida.
Não
existe, infelizmente, uma consciência exata de quanto e quando um gesto de
violência pode vir à tona. Em um mundo onde em muitos lugares um homossexual é
impedido até de doar sangue, não tem como deixar de lado esse medo de expor sua
orientação sexual.
A mesma
pesquisa diz ainda que se os chefes e colegas de trabalho fossem receptivos à
orientação sexual do outro, seu rendimento seria excepcionalmente melhor porque
se sentiria seguro dentro de seu ambiente do cotidiano.
Importante
quando empresas procuram saber qual a orientação de seus funcionários para que
consigam melhorar os benefícios, por exemplo, a um casal de lésbicas casado no
civil. Este comportamento antes de qualquer coisa fomenta a visão normal de um
casal do mesmo sexo e o respeito à diversidade.
Obrigar
as pessoas a falarem sobre sua vida pessoal, jamais seria um caminho bacana
para as empresas. Na verdade, a decisão não pode ser somente de conversa, mas
de posicionamento. Oferecer nada além do devido: benefícios aos companheiros de
seus funcionários.
E além
disso, o que importa e muito, respeito! Tanto dos colegas quanto da
chefia. Ninguém pode ser menosprezado ou sofrer preconceito com uma
situação que em NADA impede a boa evolução no trabalho. E vamos combinar
que já anda chato demais essa mania irritante de pessoas com cabeça de minhoca,
exercendo a homofobia como bem interessa a elas.
Já
passou da hora de sempre aceitarmos com benevolência pensamentos como o do
homofóbico Deputado Bolsonaro : “Eu acho que você foge, desculpa aqui, você
foge à normalidade. Nós temos que ter um norte aqui. Você vira, com todo o
respeito a você, a teoria do absurdo. Até porque você com sua companheira
não geram filhos“.
Disse
ele à atriz Ellen Page que esteve no Brasil para divulgar sua nova série.
Imagino que todos já tenham assistido a vergonha que este Deputado nos fez
passar. “Nos fez passar” não, desculpe a frase errônea. Até porque homofobia e
preconceito nunca foram minha praia e, com certeza, nem a sua que está lendo
esse texto.
Para
não fugir do assunto, as empresas precisam se conscientizar de uma vez por
todas que o funcionário não deve ser observado por sua orientação sexual e sim,
por sua capacidade funcional para a qual foi destinado. Nada, além disso, deve
interessar.
Cabe junto
com essa conscientização, um pacote de benefícios que heteros recebem para seus
parceiros idem. Ou seja, tudo é uma questão de FALTA DE PRECONCEITO com o que é
normal: o amor!
Nenhum comentário:
Postar um comentário