FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
O câncer infantil em estágio inicial costuma ser
difícil de ser identificado, principalmente porque os sintomas muitas vezes
podem ser confundidos com o de doenças comuns na infância.
O
câncer é uma doença temida e que atinge grande parte da população mundial. No
entanto, poucas pessoas sabem como identificar os sintomas (quando ocorrem),
principalmente em crianças e adolescentes.
Embora
rara entre crianças e adolescentes – atinge 1 entre 600 – o câncer é a
principal causa de morte por doença em pessoas de zero a 15 anos. Nesse grupo,
em apenas 10% dos casos é possivel associá-lo à genética.
O
câncer infantil em estágio inicial costuma ser difícil de ser identificado,
principalmente porque os sintomas muitas vezes podem ser confundidos com o de
doenças comuns na infância, como viroses e resfriados.
Os
sinais que todos precisam ficar atentos são os sintomas que permanecem, como
hematomas sem explicações, nódulos e caroços, cansaço extremo, palidez, mudança
na visão e nos olhos, febre sem associação com inflamações e perda de peso
excessiva. Ao menor sinal de quaisquer um desses sintomas, deve-se
imediatamente procurar um médico.
Para
tornar o diagnóstico ainda mais eficaz, o Instituto Ronald McDonald desenvolveu
o Programa Diagnóstico Precoce, que consiste em qualificar profissionais da
saúde para que possam fazer o reconehcimento de sintomas de maneira mais rápida
e assertiva, o que ajuda a diminuir o tempo entre o diagnóstico e o início do
tratamento.
“Desde o
início de tudo, há 17 anos, sempre tivemos como principal objetivo aumentar as
chances de cura do câncer em crianças e adolescentes. E é para isso que
trabalhamos todos os dias: acreditamos que além dos projetos e programas que o
Instituto Ronald McDonald apoia e desenvolve, é preciso levar informações para
o maior número de pessoas, sempre”, afirma Francisco Neves, superintendente do
Instituto Ronald McDonald.
“O
câncer infantil e juvenil precisa estar nas pautas dos canais de comunicação e
principalmente, nas conversas em família. Somente tendo informações é possível
aumentar a chance de cura e diminuir a mortalidade de crianças e adolescentes”,
finaliza.
Os principais tipos de câncer em crianças e adolescentes
são:
-- Leucemia Linfocítica (ou linfoide) Aguda: LLA é o câncer mais comum na infância e representa 30% do
total de casos.
-- Tumor de Wilms: pode
afetar um rim ou ambos e é mais comum entre crianças na faixa dos 2 a 3 anos de
idade. Representa de 5% a 10% dos tumores infantis.
-- Retinoblastoma: é um câncer que tem origem nas células que formam parte da
retina, cujo sinal mais comum é o brilho ocular chamado de “reflexo do olho de
gato”. Existem duas formas da doença, a hereditária e a esporádica. Costuma
aparecer em crianças entre 2 e 3 anos de idade.
-- Neuroblastoma: é o tumor sólido extracraniano (isto é, fora do cérebro)
mais comum nas crianças, geralmente diagnosticado durante os dois primeiros
anos de vida. Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum
nas supra-renais e mediastino.
-- Rabdomiossarcoma: é o câncer de partes moles mais comum em crianças. O tumor
tem origem nas mesmas células embrionárias que dão origem à musculatura
estriada esquelética ou voluntária, ou seja, músculos que se prendam aos ossos
ou a outros músculos.
-- Tumores do Sistema Nervoso Central (encéfalo de medula
espinhal): são os tumores
malignos sólidos mais comuns em crianças, ficando atrás apenas das leucemias e
linfomas. Adultos tendem a ter câncer em diferentes partes do cérebro,
geralmente nos hemisférios cerebrais. Tumores da medula espinhal são menos
comuns que os de encéfalo tanto em adultos como nas crianças.
-- Tumores Ósseos Primários: são raros. O mais comum é o que o câncer dos ossos
seja resultado de outro tumor que se espalhou e atingiu o osso. A despeito de
raro, é o sexto em incidência nas crianças, sendo mais frequentes na
adolescência. Os mais comuns são o osteossarcoma e o Sarcoma de Ewing.
-- Linfoma de Hodgkin: anteriormente chamado de doença de Hodgkin, é um
câncer do sistema linfático (que inclui gânglios, timo e outros órgãos do
sistema de defesa do organismo). O linfoma de Hodgkin pode atingir crianças e
adultos, mas é mais comum em dois grupos, jovens adultos (dos 15 aos 40 anos,
geralmente dos 25 a 30 anos) e pessoas acima dos 55 anos. É raro antes dos 5
anos de idade, mas entre 10% e 15% dos casos ocorrem em adolescentes e crianças
com menos de 16 anos.
-- Linfoma não-Hodgkin: também tem origem no sistema linfático e são mais comuns
que os linfomas de Hodgkin nas crianças, sendo o terceiro câncer mais comum
entre crianças.
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