Segundo a Organização
Mundial da Saúde, cerca de 350 milhões de pessoas no mundo têm diabetes tipo 2
e esse número deve aumentar para meio bilhão nos próximos 20 anos. É uma doença
que os médicos descrevem como "desencadeada por nós mesmos", por
causa de fatores como vida sedentária, consumo excessivo de fast food e bebidas
açucaradas.
A diabetes é uma doença
crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o
corpo não consegue usar efetivamente a insulina que produz, o que leva a uma
concentração maior de glicose no sangue.
O tipo 1 geralmente
se desenvolve na infância e é caracterizado pela incapacidade de se produzir a
quantidade de insulina necessária para controlar os níveis de açúcar no sangue.
Mas cerca de 90% dos casos são do tipo 2, que é a forma de diabetes
majoritariamente ligada à obesidade.
A diabetes tipo 2
pode, em casos extremos, levar pessoas à cegueira e forçar a amputação de
membros.
A doença tem se
tornado mais comum nos países em desenvolvimento. A China é reconhecidamente a
"capital mundial da diabetes": tem 109 milhões de pessoas sofrendo
com o problema - ou cerca de 10% da população.
A Índia, segundo o
Atlas do Diabetes, compilado pela Federação Internacional do Diabetes, tem 69
milhões de pessoas com a doença, cerca de 9% da população. No Brasil, há 9
milhões de diabéticos, de acordo com os números oficiais de 2015.
Por conta do elo com
a obesidade, médicos acreditam que mudar o estilo de vida e hábitos alimentares
das pessoas pode ajudar a vencer a batalha contra a doença.
Ideias para mudar o mundo:
jejuar.
A BBC convidou
artistas, escritores e cientistas para sugerirem, cada um, uma ideia simples e
imediata que pudesse provocar mudanças no mundo.
Neste sexto vídeo da
série Ideias para mudar o mundo, a geneticista Frances Ashcroft, da
Universidade de Oxford, sugere que as pessoas jejuem uma vez por semana. Diante
da "epidemia" global de diabetes tipo 2, jejuar poderia ajudar as
pessoas a viverem mais e de maneira mais saudável.
Michael Mosley,
médico e apresentador da BBC, testou essa ideia em um documentário chamado
Coma, jejue e viva mais. Mosley experimentou comer por cinco dias e jejuar nos
outros dois. O jejum significaria nesse caso consumir no máximo 500 calorias
para uma mulher e 600 para um homem. Depois de cinco semanas, ele perdeu mais
de 6 kg e seus níveis de colesterol e glicose no sangue melhoraram.
Mas o sistema de
saúde pública do Reino Unido, NHS, ainda pontua que "não há muita certeza
na comunidade científica sobre (possíveis benefícios) do jejum
intermitente."
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