FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
O consumidor que deve R$ 1 mil no
cartão de crédito vê o débito saltar para R$ 5.196,00 ao fim de 12 meses.
O
consumidor que não paga a fatura integral do cartão de crédito vê a dívida
aumentar mais de cinco vezes em apenas um ano. Segundo pesquisa divulgada na
quinta-feira (10) pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade (Anefac), em fevereiro, os juros médios no cartão
chegaram a 419,6% ao ano, a maior taxa desde outubro de 1995.
Com
esses juros, o consumidor que deve R$ 1 mil no cartão de crédito vê o débito
saltar para R$ 5.196,00 ao fim de 12 meses. Em janeiro, os juros médios estavam
em 410,97% ao ano. Na comparação mensal, a taxa passou de 14,56% ao mês em
janeiro para 14,72% em fevereiro.
Em
nota, a Anefac informou que a alta dos juros foi provocada pelo crescimento da
inadimplência, que faz com que as instituições financeiras reajustem as taxas.
O aumento do desemprego, da inflação e de impostos reduz a renda disponível dos
consumidores, elevando o risco de calote.
O
correntista que entra no cheque especial também não tem alívio e vê a dívida
ser multiplicada em quase quatro vezes em um ano. As taxas médias para essa
modalidade atingiram 255,94% ao ano (11,16% ao mês), no maior nível desde julho
de 1999. Uma dívida de R$ 1 mil aumenta para R$ 3.559,40 ao fim de 12 meses.
Os
juros médios nas linhas de crédito para pessoa física chegaram a 7,77% em
fevereiro (145,76% ao ano), na maior taxa desde fevereiro de 2005. Nesse caso,
uma dívida de R$ 1 mil sobe para R$ 2.457,60 em um ano. Em janeiro, a taxa
estava em 7,67% ao mês (142,74% ao ano).
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