quarta-feira, 16 de março de 2016

DE REDUÇÃO À PERDA TOTAL: SAIBA MAIS SOBRE OS DISTÚRBIOS DE PALADAR...

FONTE:, (www.msn.com).



Imagine aquela mesa farta de almoço, com a sua comida preferida. Para acompanhar, uma bebida e a certeza de uma sobremesa saborosa esperando na geladeira. Agora, pense em ter todas essas experiências gastronômicas, mas sem conseguir sentir o gosto de nada. É o que acontece com quem tem distúrbio de paladar. 

Cristina Nahas Martin, otorrinolaringologista e estomatologista do Hospital Paulista, explica que o diagnóstico desses distúrbios vem do incômodo e da percepção do paciente. Ao procurar um médico, ele deve passar por um bom exame físico, uma entrevista detalhada, exames complementares e testes gustativos para descobrir a origem do problema. Os profissionais que normalmente tratam os distúrbios de paladar são neurologistas, otorrinolaringologistas ou dentistas.

Existem tipos diferentes de disgeusia, nome técnico para a disfunção. Cristina destaca que 90% dos casos são hipogeusia, a diminuição do paladar. As causas podem ser as mais variadas. Durante o tratamento para o câncer, por exemplo, as papilas gustativas (localizadas na língua e no nariz) podem ser danificadas. Além disso, doenças como diabetes e medicamentos para pressão alta, colesterol e anti-inflamatórios podem afetar a percepção do sabor da alimentação. Problemas na saúde bucal, como cândida, queimaduras na língua e gengivite, contribuem para a hipogeusia. Sinusite, rinite e até mesmo infecções no ouvido também afetam o paladar. Nesse caso, o tratamento é focado em resolver o problema, ou substituir medicamentos que diminuem a capacidade de sentir o gosto dos alimentos. 

A ageusia é a ausência total do paladar, um distúrbio raro que pode ser desencadeado por um tumor no cérebro ou na região da língua. Já a fantogeusia é a alteração no sabor ‒ quando a pessoa come algo doce, mas acha que é amargo, por exemplo. Essa disfunção também é rara e está associada a doenças do sistema nervoso central. 


Cristina explica que cada caso deve ser avaliado para que o neurologista indique a melhor forma de tratamento. Segundo ela, o paciente pode contar com a neuroplasticidade natural, que age como uma “cicatrização” do cérebro e pode devolver o sentido. O especialista pode indicar algumas medicações que acelerem esse processo de recuperação cerebral.

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