FONTE:, (www.msn.com).
Imagine aquela mesa farta de almoço, com a sua comida
preferida. Para acompanhar, uma bebida e a certeza de uma sobremesa saborosa
esperando na geladeira. Agora, pense em ter todas essas experiências gastronômicas,
mas sem conseguir sentir o gosto de nada. É o que acontece com quem tem
distúrbio de paladar.
Cristina Nahas Martin, otorrinolaringologista e
estomatologista do Hospital Paulista, explica que o diagnóstico desses
distúrbios vem do incômodo e da percepção do paciente. Ao procurar um médico,
ele deve passar por um bom exame físico, uma entrevista detalhada, exames
complementares e testes gustativos para descobrir a origem do problema. Os
profissionais que normalmente tratam os distúrbios de paladar são
neurologistas, otorrinolaringologistas ou dentistas.
Existem tipos diferentes de disgeusia, nome técnico para
a disfunção. Cristina destaca que 90% dos casos são hipogeusia, a diminuição do
paladar. As causas podem ser as mais variadas. Durante o tratamento para o
câncer, por exemplo, as papilas gustativas (localizadas na língua e no nariz)
podem ser danificadas. Além disso, doenças como diabetes e medicamentos para
pressão alta, colesterol e anti-inflamatórios podem afetar a percepção do sabor
da alimentação. Problemas na saúde bucal, como cândida, queimaduras na língua e
gengivite, contribuem para a hipogeusia. Sinusite, rinite e até mesmo infecções
no ouvido também afetam o paladar. Nesse caso, o tratamento é focado em
resolver o problema, ou substituir medicamentos que diminuem a capacidade de
sentir o gosto dos alimentos.
A ageusia é a ausência total do paladar, um distúrbio
raro que pode ser desencadeado por um tumor no cérebro ou na região da língua.
Já a fantogeusia é a alteração no sabor ‒ quando a pessoa come algo doce, mas
acha que é amargo, por exemplo. Essa disfunção também é rara e está associada a
doenças do sistema nervoso central.
Cristina explica que cada caso deve ser avaliado para que
o neurologista indique a melhor forma de tratamento. Segundo ela, o paciente
pode contar com a neuroplasticidade natural, que age como uma “cicatrização” do
cérebro e pode devolver o sentido. O especialista pode indicar algumas
medicações que acelerem esse processo de recuperação cerebral.
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