segunda-feira, 18 de abril de 2016

CONHEÇA A ÁREA DA ODONTOLOGIA FOCADA NOS ADOLESCENTES...

FONTE:, (www.msn.com).


A adolescência é uma fase repleta de mudanças, o que inclui alterações hormonais, psicológicas, comportamentais e inclusive dentárias. Dar o amparo necessário aos jovens nessa época turbulenta de intensa adaptação exige paciência e sensibilidade. Por isso, a odontologia tem uma área específica focada no tratamento de pessoas entre 10 e 23 anos, a odontohebiatria.

Segundo a professora da Universidade Nove de Julho (Uninove) Sandra Kalil (CROSP 40596), os dentistas desta área, além do conhecimento odontológico, preocupam-se em manter um tipo comunicação adequada ao público jovem, não o infantilizando e estabelecendo uma relação de confiança. “Nessa fase, os adolescentes passam por profundas transformações físicas, sociais e psicológicas. Não podemos julgar suas atitudes, mas sim buscar compreendê-las e orientá-los sobre as consequências”, afirma. 

Quando o assunto são as mudanças bucais que acontecem durante a adolescência, a professora da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Cristhiane Amaral (CROSP 53998) explica que existem certas peculiaridades. “Os adolescentes não possuem mais dentes de leite, mas uma dentição permanente jovem. Esses dentes, que surgiram na infância, estão sensíveis, pois o esmalte está em fase de maturação. Nessa época, os tipos de cáries e até os locais onde surgem essas lesões são diferenciados. Por volta dos 17 anos aparece o terceiro molar, o que pode gerar transtornos, como inflamações na gengiva e infecções, além da necessidade de extração devido à falta de espaço na arcada dentária”, esclarece.

As modificações hormonais da adolescência também podem influenciar a saúde bucal. “Durante essa fase, as mudanças no organismo potencializam o aparecimento de gengivite, principalmente quando há o acúmulo de biofilme, geralmente causado por uma má higiene”, afirma Amaral. 

Outro fator que merece atenção nessa fase são as mudanças comportamentais. Mesmo preocupados com a questão estética, muitas vezes os jovens deixam os cuidados bucais de lado. Segundo a odontopediatra Carolina Sommer (CRORS 12746), quando isso acontece, os responsáveis e os dentistas têm o papel de reforçar as orientações de higiene.

Em alguns casos, a sensibilidade do profissional é determinante para o diagnóstico de comportamentos de risco, pois muitos sintomas podem se manifestar na boca. Nessas situações, segundo Sommer, o primeiro passo é alertar os pais. “Algumas doenças sexualmente transmissíveis podem ser percebidas através de alterações bucais, como o Human Papiloma Virus (HPV), e a AIDS. Por meio de exames odontológicos também é possível ter evidências sobre vômito frequente e uso de drogas”, comenta.


Segundo Kalil, a conscientização é a melhor dica para os jovens. “Devemos mostrar que é determinante para o futuro manter uma dentição saudável, além de reforçar a importância dos hábitos de higiene, como a escovação e o uso do fio dental”, finaliza.

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