FONTE: Areli Quirino, TRIBUNA DA BAHIA.
Publicada pelo Leia Já, site parceiro do Tribuna da Bahia.
Foi
durante uma festa em Ceilândia Norte, localizado no Distrito Federal, que
Lidiane Santos e Edgard Bezerra se conheceram. Eles contam que foi amor à
primeira vista e que Edgard passou um ano tentando convencer os sogros a
autorizarem o namoro.
Após 18
anos de relacionamento e quatro meses pensando em cada detalhe, finalmente o
grande dia havia chegado. O casamento era a realização de um sonho para a
ex-fotógrafa e para o agente de reintegração social.
A
cerimônia foi realizada na sexta-feira (22/4), na capela do Hospital
Universitário de Brasília (HUB); não foi o local planejado, afinal, eles não
contavam com a doença da noiva, descoberta em novembro.
Aos
32 anos, Lidiane é uma paciente em estado grave, internada há aproximadamente
um mês na Clínica Médica do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB).
Ela
sofreu metástase de um câncer de colo de útero. Desde o diagnóstico do tumor, a
ex-fotógrafa passou por cinco sessões de quimioterapia, 25 de radioterapia e
quatro braquiterapia (uma espécie de radioterapia interna).
Ela não
pôde operar o tumor que é considerado raro. A cerimônia só foi possível graças
à ajuda de uma associação de voluntárias, que conseguiu doação do vestido, do
bolo, do buquê e dos registros em imagens.
A
celebração foi curta e acompanhada apenas por familiares, alguns amigos e as
voluntárias. A noiva precisou ficar o tempo todo sentada, devido às dores que
sentia por conta do tumor que se irradiou para outras partes do corpo. A
daminha de honra foi a filha do casal, Geovana, de 4 anos.
Em
entrevista à Globo, Edgard desabafou sobre o casamento. “No dia de hoje estou
um pouco mais confortado, mas por outro lado um pouco vazio, sabendo o tamanho
perigo que é essa doença. Geovanna pergunta constantemente, fala com saudade da
mãe. Em casa, a saudade é grande. É muito triste ir lá, vê-la e não poder
trazê-la comigo”.
O noivo,
de 39 anos, conta que ainda tem esperanças de ver a esposa curada e afirma que
a mulher tem consciência da gravidade do quadro. O casal se vê todos os dias,
durante as visitas, e sonha com um segundo filho e um apartamento próprio.
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