quinta-feira, 21 de abril de 2016

CUIDADOS COM A BOCA TAMBÉM INTERFEREM NO DESEMPENHO DOS ATLETAS...


FONTE:, (www.msn.com).


A lista de cuidados que os esportistas precisam ter com o corpo é cada vez maior. Além de manter uma dieta equilibrada, estar sempre hidratado e seguir rigorosamente os treinos, também é importante que os atletas profissionais ou amadores cuidem da sua saúde bucal, pois ela interfere no desempenho. Com base nisso, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) reconheceu a odontologia do esporte como uma nova especialidade de atuação para os cirurgiões-dentistas.  

A nova especialidade surge com o intuito de investigar, prevenir, tratar, reabilitar, proteger e compreender a influência das doenças da cavidade bucal na performance dos esportistas. Para isso, os dentistas devem levar em consideração as particularidades fisiológicas dos pacientes, as regras e praxes de cada modalidade esportiva.

Tanto os atletas profissionais quanto os de final de semana precisam estar atentos à higienização correta da boca para evitar problemas de saúde bucal. Conforme os coordenadores do Laboratório de Pesquisa em Odontologia do Esporte e Biomecânica da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (LAPOEBI USP) Reinaldo Brito e Dias (CROSP 12700) e Neide Pena Coto (CROSP 40561), as bactérias presentes na cavidade oral podem ser disseminadas pela corrente sanguínea, de forma que os microrganismos e seus produtos tóxicos fixam-se em vários órgãos. A contaminação com essas bactérias pode provocar, por exemplo, doenças cardíacas, respiratórias, articulares ou comprometimento na recuperação de lesões musculares.

Além dos esportes de impacto, como lutas ou futebol americano – nos quais o atleta está mais suscetível a pancadas que venham a provocar fraturas nos dentes, mandíbula ou maxila –, outros esportes que parecem menos nocivos, como a natação, também interferem na saúde bucal. Nadadores profissionais estão constantemente expostos às mudanças de pH na cavidade oral e isso os deixa mais vulneráveis a problemas como lesão cervical não cariosa e hipersensibilidade.

Ao lidar com atletas profissionais, o professor da área de saúde coletiva e epidemiologia da PUCPR Ernesto Josué Schmitt (CROPR 9437) defende um tratamento multidisciplinar, com fisioterapeutas, médicos, nutricionistas e dentistas, pois um procedimento mais complexo, como tratamento de canal ou cirurgia ortognática, pode impactar no desempenho do atleta e atrapalhar a rotina de treinos.

Cuidados com medicamentos.

Junto com as particularidades de cada modalidade esportiva, existem também substâncias proibidas para os atletas. Na hora de receitar medicamentos para dor ou anti-inflamatórios, por exemplo, os dentistas precisam conhecer a listagem feita pela Agência Mundial Antidoping (WADA), dominar a atuação dos medicamentos que recomendam e ter uma estreita relação com a equipe médica que acompanha o atleta para garantir a segurança dele.

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