FONTE: Fernanda Aranda, TRIBUNA
DA BAHIA.
Publicado pelo site Jolivi, parceiro da Tribuna da Bahia.
Bom, primeiro uma informação. Muito mais do
que câncer, os principais problemas que ocorrem com a tireóide são: ou ela
funciona exageradamente ou que ela funciona insuficientemente.
Sabendo disso, evoco aqui uma lembrança.
Lembra quando saber o peso do ex-jogador Ronaldo Fenômeno interessava mais do que descobrir quais políticos não são citados na Lava Jato?
Quero dizer, lembra quando o mundo acompanhava a tentativa de emagrecimento dele – inclusive por meio de reality show – e a gente não conseguia compreender como que um esportista, com acesso aos melhores profissionais do mundo, simplesmente não vencia o excesso de peso?
Então, foi nessa época que Ronaldo, no dia de anunciar a sua aposentadoria, justificou que o tal corpo roliço permanente e desobediente era resultante de uma disfunção na tireoide. Segundo o batismo do próprio jogador, a doença de que sofria era “hipotireodismo”.
Bom, tempos depois, quando nem mais conseguimos pensar no Ronaldo como um fenômeno, nosso consultor, Dr. Carlos, nos traz explicações primorosas que mostram que a tal justificativa de Nazário, ainda que tenha parecido uma conversa fiada, tem sim o seu fundamento.
Mas, calma lá, com o atual padrão alimentar de hoje não dá para colocar os excessos de gordura apenas na conta dela.
Consertar a tireoide ajuda, mas não é a salvação para todos os males.
Sabendo disso, evoco aqui uma lembrança.
Lembra quando saber o peso do ex-jogador Ronaldo Fenômeno interessava mais do que descobrir quais políticos não são citados na Lava Jato?
Quero dizer, lembra quando o mundo acompanhava a tentativa de emagrecimento dele – inclusive por meio de reality show – e a gente não conseguia compreender como que um esportista, com acesso aos melhores profissionais do mundo, simplesmente não vencia o excesso de peso?
Então, foi nessa época que Ronaldo, no dia de anunciar a sua aposentadoria, justificou que o tal corpo roliço permanente e desobediente era resultante de uma disfunção na tireoide. Segundo o batismo do próprio jogador, a doença de que sofria era “hipotireodismo”.
Bom, tempos depois, quando nem mais conseguimos pensar no Ronaldo como um fenômeno, nosso consultor, Dr. Carlos, nos traz explicações primorosas que mostram que a tal justificativa de Nazário, ainda que tenha parecido uma conversa fiada, tem sim o seu fundamento.
Mas, calma lá, com o atual padrão alimentar de hoje não dá para colocar os excessos de gordura apenas na conta dela.
Consertar a tireoide ajuda, mas não é a salvação para todos os males.
Mas problema na tireoide engorda?
Vamos às explicações.
“A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, em forma de borboleta, logo abaixo do ‘pomo de Adão’ ou ‘gogó’”, diz Dr. Carlos.
“Ela é responsável pelo controle e equilíbrio do metabolismo do corpo. Seus hormônios agem em órgãos vitais, regulando o metabolismo do cérebro, do coração, do fígado e dos rins. Interfere ainda no desenvolvimento e crescimento de crianças e adolescentes, sendo responsável por regular os ciclos menstruais, a fertilidade, o peso, a memória, a concentração, o humor e as emoções”, completou.
Entenderam a importância da bichinha?
Então, respondendo: sim, além de um monte de coisas ela – a tireoide desregulada – também pode interferir no peso. Para cima e para baixo, nos dois casos de maneira nada legal.
Segundo o Dr. Carlos, diversas doenças podem afetar este órgão, causando quadros de excesso de produção de hormônios ou de deficiência de produção.
O excesso é chamado de hipertireoidismo e a deficiência de hipotireoidismo.
“A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, em forma de borboleta, logo abaixo do ‘pomo de Adão’ ou ‘gogó’”, diz Dr. Carlos.
“Ela é responsável pelo controle e equilíbrio do metabolismo do corpo. Seus hormônios agem em órgãos vitais, regulando o metabolismo do cérebro, do coração, do fígado e dos rins. Interfere ainda no desenvolvimento e crescimento de crianças e adolescentes, sendo responsável por regular os ciclos menstruais, a fertilidade, o peso, a memória, a concentração, o humor e as emoções”, completou.
Entenderam a importância da bichinha?
Então, respondendo: sim, além de um monte de coisas ela – a tireoide desregulada – também pode interferir no peso. Para cima e para baixo, nos dois casos de maneira nada legal.
Segundo o Dr. Carlos, diversas doenças podem afetar este órgão, causando quadros de excesso de produção de hormônios ou de deficiência de produção.
O excesso é chamado de hipertireoidismo e a deficiência de hipotireoidismo.
Marcha lenta e acelerada.
Para quem está em situação de deficiência (o
hipotireoidismo), os primeiros sinais são pele seca, unhas quebradiças e
enfraquecimento dos cabelos.
Além disso, uma lista de sintomas é associada como:
-- prisão de ventre;
-- diminuição da capacidade de raciocínio e da memória;
-- sonolência;
-- sensação de cansaço;
-- quadro depressivo;
-- tonturas e alterações do equilíbrio (“labirintite”) e zumbidos;
-- dores musculares e articulares;
-- ganho de peso (aham, Ronaldo tinha lá suas razões).
Já no hipertireoidismo, ocorre uma aceleração acentuada do metabolismo, o que pode trazer:
-- Aceleração dos batimentos cardíacos;
-- Hipertensão arterial;
-- Agitação psíquica e motora: a pessoa fala demais, gesticula, tem uma irritabilidade acentuada;
-- Insônia: sente-se com muita energia, mas exaure-se facilmente, apresentando sensação de cansaço (queima muito combustível);
-- Queda de cabelos: pela aceleração do processo natural de perda e reposição dos pelos;
-- Emagrecimento acentuado.
“Em ambos quadros pode ocorrer formação de nódulos ou aumento da glândula, o chamado ‘bócio’”, alerta o nosso consultor.
E, sim, as mulheres são as vítimas principais, mas os homens também podem adoecer.
Porque um dos principais motivos do desequilíbrio da tireoide é ele: o bom e velho passar dos anos.
Dupla dinâmica para ela.
Além disso, uma lista de sintomas é associada como:
-- prisão de ventre;
-- diminuição da capacidade de raciocínio e da memória;
-- sonolência;
-- sensação de cansaço;
-- quadro depressivo;
-- tonturas e alterações do equilíbrio (“labirintite”) e zumbidos;
-- dores musculares e articulares;
-- ganho de peso (aham, Ronaldo tinha lá suas razões).
Já no hipertireoidismo, ocorre uma aceleração acentuada do metabolismo, o que pode trazer:
-- Aceleração dos batimentos cardíacos;
-- Hipertensão arterial;
-- Agitação psíquica e motora: a pessoa fala demais, gesticula, tem uma irritabilidade acentuada;
-- Insônia: sente-se com muita energia, mas exaure-se facilmente, apresentando sensação de cansaço (queima muito combustível);
-- Queda de cabelos: pela aceleração do processo natural de perda e reposição dos pelos;
-- Emagrecimento acentuado.
“Em ambos quadros pode ocorrer formação de nódulos ou aumento da glândula, o chamado ‘bócio’”, alerta o nosso consultor.
E, sim, as mulheres são as vítimas principais, mas os homens também podem adoecer.
Porque um dos principais motivos do desequilíbrio da tireoide é ele: o bom e velho passar dos anos.
Dupla dinâmica para ela.
Bom, querido leitor, como sempre batemos na tecla, a
alimentação é sim um dos pilares do bom funcionamento da tireoide.
E para ela, o Dr. Carlos sempre cita a dupla dinâmica de nutrientes: iodo e selênio.
“O iodo é um elemento fundamental da composição dos hormônios tireoidianos. Portanto, um aporte adequado deste elemento é fundamental”, afirma o nosso consultor.
E o que eu sugiro: algas marinhas e mexilhões, por exemplo. São versáteis, saborosos, pouco calóricos e ainda podem trazer um dinamismo para paladar.
“Existe ainda o sal iodado, mas este deve ser evitado por pessoas com hipertireoidismo (excesso de produção), pois contém iodo em excesso. Melhor, nestes casos, utilizar o sal marinho (não refinado) sem adição de iodo ou o sal obtido em minas”.
Já o selênio, segundo pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, é um mineral fundamental para o homem, participa dos mecanismos antioxidantes, influencia o sistema imune e tem atividade de extrema importância para a tiroide.
A análise feita pelos pesquisadores da Universidade de Nutrição mostrou que a suplementação com selênio foi associada a menores danos dos portadores de desequilíbrios na tireoide.
As castanhas, tão adoradas pela nossa consultora Ana Paula do vôlei são fontes naturais de selênio.
Além delas, os frutos do mar e a chia também oferecem doses boas deste mineral.
E para ela, o Dr. Carlos sempre cita a dupla dinâmica de nutrientes: iodo e selênio.
“O iodo é um elemento fundamental da composição dos hormônios tireoidianos. Portanto, um aporte adequado deste elemento é fundamental”, afirma o nosso consultor.
E o que eu sugiro: algas marinhas e mexilhões, por exemplo. São versáteis, saborosos, pouco calóricos e ainda podem trazer um dinamismo para paladar.
“Existe ainda o sal iodado, mas este deve ser evitado por pessoas com hipertireoidismo (excesso de produção), pois contém iodo em excesso. Melhor, nestes casos, utilizar o sal marinho (não refinado) sem adição de iodo ou o sal obtido em minas”.
Já o selênio, segundo pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, é um mineral fundamental para o homem, participa dos mecanismos antioxidantes, influencia o sistema imune e tem atividade de extrema importância para a tiroide.
A análise feita pelos pesquisadores da Universidade de Nutrição mostrou que a suplementação com selênio foi associada a menores danos dos portadores de desequilíbrios na tireoide.
As castanhas, tão adoradas pela nossa consultora Ana Paula do vôlei são fontes naturais de selênio.
Além delas, os frutos do mar e a chia também oferecem doses boas deste mineral.
E o que mais?
Segundo Dr. Carlos, a adição de Cloro para tratamento da
água e a fluoretação da mesma podem induzir a quadros de hipotiroidismo
subclínico, ou seja, aqueles com poucos sintomas e que os exames, quando
realizados, aparecem com resultados dentro dos parâmetros considerados
“normais”.
“Isto ocorre porque o Cloro e o Flúor competem com o Iodo no organismo, bloqueando em parte a formação do hormônio”.
Outra coisa citada pelo nosso consultor é que existem certos alimentos que contêm isoflavonas (fitoestrogênios), que inibem a ação dos hormônios tireoidianos.
“São os chamados alimentos bociogênicos e que podem – se consumidos em excesso por pessoas portadoras de hipotireoidismo – causar uma piora do quadro”, alertou. “Então, nestes casos é indicado evitar repolho, couves, soja, cevada, centeio, ervilhas”.
“Isto ocorre porque o Cloro e o Flúor competem com o Iodo no organismo, bloqueando em parte a formação do hormônio”.
Outra coisa citada pelo nosso consultor é que existem certos alimentos que contêm isoflavonas (fitoestrogênios), que inibem a ação dos hormônios tireoidianos.
“São os chamados alimentos bociogênicos e que podem – se consumidos em excesso por pessoas portadoras de hipotireoidismo – causar uma piora do quadro”, alertou. “Então, nestes casos é indicado evitar repolho, couves, soja, cevada, centeio, ervilhas”.
Anotaram?
Antes de ir, não dá para deixar de citar que há uma relação íntima entre obesidade, alimentação industrializada e problemas na tireoide.
“Sabe-se que as mulheres têm uma tendência 5 a 8 vezes maior do que os homens e que 90% das mulheres após os 40 anos vão desenvolver um quadro de hipotireoidismo devido à atrofia da glândula. Nos homens, este processo pode ocorrer, mas mais tarde, em torno dos 50 anos”, diz Dr. Carlos.
Quanto mais natural a alimentação, ou seja, quanto mais fora da caixinha ela é, mais protegido você estará.
Receita essa que vale para você e para o Ronaldo Fenômeno (ou Ronaldo do Corinthians, como diz o Daniel Amstalden).
Antes de ir, não dá para deixar de citar que há uma relação íntima entre obesidade, alimentação industrializada e problemas na tireoide.
“Sabe-se que as mulheres têm uma tendência 5 a 8 vezes maior do que os homens e que 90% das mulheres após os 40 anos vão desenvolver um quadro de hipotireoidismo devido à atrofia da glândula. Nos homens, este processo pode ocorrer, mas mais tarde, em torno dos 50 anos”, diz Dr. Carlos.
Quanto mais natural a alimentação, ou seja, quanto mais fora da caixinha ela é, mais protegido você estará.
Receita essa que vale para você e para o Ronaldo Fenômeno (ou Ronaldo do Corinthians, como diz o Daniel Amstalden).
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