FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
Popularmente conhecida como
parada cardíaca, a morte súbita decorrente de arritmia acontece até uma hora
após o início dos sintomas.
O
número assusta: são registrados no Brasil mil casos de morte súbita
decorrente de arritmia cardíaca por dia, o que representa 45 por hora e quase
dois por minuto.
Segundo
o cardiologista Carlos Eduardo Duarte, médico especialista em Estimulação
Cardíaca e colaborador da ABEC/DECA - Associação Brasileira de Arritmia,
Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial/Departamento de Estimulação
Cardíaca Artificial, o número de mortes no país a cada ano está próximo a 350
mil.
Mas,
por que os diversos avanços na medicina e, especificamente, na cardiologia, não
impedem o aumento destes números? “A falta de acompanhamento médico preventivo,
principalmente nos casos de pacientes mais jovens, e o estilo de vida seguido
pelas pessoas hoje em dia são fatores fundamentais para o crescimento da quantidade
de casos”, explica Duarte.
Popularmente
conhecida como parada cardíaca, a morte súbita decorrente de arritmia acontece
até uma hora após o início dos sintomas. “Em 70% dos casos, as ocorrências
estão ligadas a doenças coronárias”, afirma o especialista. Este é um dos
motivos pelos quais a prevenção é tão importante.
Para
não fazer parte das estatísticas, além de avaliações e exames de rotina para
detectar anormalidades ou fatores de risco cardíaco, é fundamental estar atento
à qualidade de vida, com prática periódica de atividades físicas, alimentação
equilibrada e hábitos saudáveis, evitando o tabagismo, o consumo exagerado de
bebidas alcoólicas e situações de estresse.
Com o
acompanhamento especializado, os pacientes que detectam algum fator de risco
contam com uma ajuda valiosa. “Na ABEC/DECA, trabalhamos com um cardioversor
desfibrilador implantável (CDI) que vem se mostrando uma medida de tratamento
eficiente para pessoas que já se recuperaram de uma parada cardíaca e para
pacientes com um risco muito grande de ter uma parada”, explica o
médico.Semelhante a um marcapasso, o dispositivo reconhece uma arritmia e pode
interrompê-la por meio de choque ou estimulação rápida - como um desfibrilador,
oferecendo uma proteção extra ao paciente.
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